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14 DE DEZEMBRO DE 2013

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Em 2013, tanto sacrifício, tanto que tirou ao País, e tinha uma dívida de médio e de longo prazos de 6000

milhões de euros. Nos próximos anos, esta dívida vai aumentar — estamos a falar de 10 000 milhões de euros

por ano em 2014 e em 2015 e de 17 000 milhões em 2016, sempre com mais 8000 milhões de euros de juros.

Sr. Primeiro-Ministro, o que lhe quero perguntar é o seguinte: com esta política que empobrece o País e

que o torna mais desigual, como é que vai pagar a dívida nos próximos anos? Qual é o seu plano, já que tanto

acusa o Bloco de Esquerda de não querer pagar a dívida quando lhe citamos estudos internacionais que falam

da necessidade de reestruturação? Sobre o fim do Memorando, a pergunta não é a de saber se é regresso

aos mercados ou se é programa cautelar. A pergunta é: então, e a dívida? Como é que vai pagar em 2014 e

em 2015 mais 10 000 milhões de euros a médio e a longo prazos e mais 8000 milhões de juros por ano e em

2016, 17 000 milhões de euros? Como é que vai pagar, Sr. Primeiro-Ministro?!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Catarina Martins, em primeiro lugar, quero

dizer-lhe que não é por repetir muitas vezes que o desemprego está a aumentar que isso passa a ser verdade.

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso não é verdade. Escusa de estar a insistir, porque números do Eurostat

dizem-nos que o desemprego tem estado a diminuir em Portugal também em termos homólogos. Portanto,

não insista em repetir aquilo que não é verdade.

Protestos da Deputada do BE Catarina Martins.

Em segundo lugar, sobre a forma de pagamento da dívida deixe-me dizer-lhe com muita clareza que

iremos honrar os nossos compromissos e, portanto, iremos pagar a dívida. A estratégia do Governo é

conhecida: devemos encaminhar o País para ter excedentes primários e depois excedentes orçamentais. É

nessa medida que conseguiremos dar um contributo para a recuperação económica do País, que estará em

melhores condições de sustentar a sua dívida.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada Catarina Martins, dispõe ainda de tempo.

Faça favor.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, dados de há pouco do Eurostat dizem-nos que a taxa de

emprego desceu 2,4% em relação ao ano anterior.

Na verdade, PSD e CDS em dois anos destruíram 6% do PIB.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Hoje, emigram mais pessoas em Portugal do que aquelas que nascem.

É um País que está a esvair-se de capacidade produtiva e a esvair-se de pessoas. Vai ser preciso uma

década só para conseguirmos compensar os estragos destes dois anos e voltarmos a números de 2011.

Um Governo da dissimulação é este que não tem nenhum plano para o futuro e está a vender, está a

destruir a curto prazo para tentar disfarçar o que é indisfarçável. Não há futuro com a política de austeridade!

Quando o Sr. Primeiro-Ministro diz — como disse ontem na entrevista — que pretende reduzir a dívida pública

em 30 pontos percentuais em 15 anos, quer dizer que está à espera de superavit e de taxas de crescimento

durante 15 anos que nunca nenhum país no mundo teve, Sr. Primeiro-Ministro, nunca aconteceu! É como vir

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