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I SÉRIE — NÚMERO 50

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Terceiro: o Sr. Deputado pergunta quantos empregos é que o Estado criou. Bem, vamos entender-nos

numa coisa: ou este é o Governo que mais desemprego cria ou este é o Governo que mais emprego cria à

custa do Estado para poder mascarar as estatísticas?

O Sr. António José Seguro (PS): — Pois é, não responde!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É isso que o Sr. Deputado quer dizer, não é?

Mas olhe, Sr. Deputado, os senhores fazem mal em resistir à realidade. Fazem mal porque as pessoas não

percebem isso. Quando dissemos que entre o segundo e o terceiro trimestres tinha havido cerca de 120 000

novos empregos líquidos criados na economia, os senhores contestaram. Agora, que já perceberam que

houve, querem dizer que os houve, mas à custa do Estado! Ora, não é verdade. O Estado é responsável por

menos de um quinto desse emprego, menos de um quinto. Portanto, foi a economia que gerou este emprego.

Mas eu gostaria que o Sr. Deputado usasse o tempo que ainda tem, porque ainda tem tempo, para me

dizer qual seria o limite que entende ser necessário fixar para 2015, 2016 e 2017, em termos quantitativos ou

em termos relativos, para a trajetória da despesa corrente primária, uma vez que o Sr. Deputado tem dito que

é necessário encontrar um limite. Gostava de saber qual é a sua proposta.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado António José Seguro, tem a palavra.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, percebo que o senhor não

queira responder às perguntas que lhe faço.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

E percebo que o Primeiro-Ministro não queira entrar numa análise mais profunda sobre os dados do

desemprego no nosso País. Mas eu vou dar-lhe esses dados.

Como é sabido, no ano de 2013, houve uma diminuição de 100 000 trabalhadores na população ativa

portuguesa e só houve criação líquida, segundo as estatísticas, de 30 000. Onde é que estão os outros 70 000

portugueses?

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Emigraram!

O Sr. António José Seguro (PS): — Emigraram, Sr. Primeiro-Ministro. E eu não encontro nenhuma razão

de contentamento, como o Governo encontra, nem encontro nenhuma razão para que o Governo tente iludir

os portugueses, ao falar em milagre económico e ao dizer que estamos a vencer a crise.

Aplausos do PS.

Segundo: destes 30 000 empregos que, segundo as estatísticas, foram criados, sabe quantos é que foram

criados pela Administração Pública? Foram criados 25 000 empregos. Repito, 25 000!

Ora, como não há contratações no Estado, isto significa que estamos a falar de estágios e de programas

ocupacionais, não estamos a falar de emprego, como os senhores tentam iludir os portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — É o «milagre». É o «milagre»!

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