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7 DE MARÇO DE 2014

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Protestos do PS.

Quando o pacto da troica determina cortas inaceitáveis nas condições materiais e humanas da escola

pública e quando o tratado orçamental, que o Partido Socialista aqui assinou com o PSD e o CDS, prevê a

limitação do investimento público nas funções sociais e estratégicas do Estado, pergunto: que novo rumo é

que o Partido Socialista quer?

É que ao ouvi-lo na sua primeira intervenção parecia que existia uma vontade de alternativa, mas, Sr.

Deputado, nas respostas que deu ao PSD e ao CDS, de facto, o que aqui está não é um novo rumo de

alternativa; é um rumo de alternância. A escola pública não é qualquer coisa,…

O Sr. David Costa (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — … a escola pública é um pilar do regime democrático. A escola pública para o

cumprimento do seu papel exige investimento público, e isso não é despesa, mas investimento público!

Por isso, era importante que o Partido Socialista, de uma vez por todas, nos esclarecesse relativamente ao

pacto da troica, às suas implicações, designadamente no tratado orçamental, e aos impactos que isso vai ter

nos sistemas científico e técnico, na escola pública e no sistema educativo.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Rita Rato, deixe-me começar por dizer que

a realidade é o que é e não o que o PCP diz que é.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — É muito importante ter isso presente.

Por isso, na resposta que lhe vou dar, mais do que contrariar o seu discurso tantas vezes ouvido, vou falar

de método.

Assim, agradeço que me tenha dado oportunidade para dizer que o que enumerei da tribuna foi a síntese

de um trabalho realizado num laboratório de ideias, que tem mais de 500 pessoas que nele participam

ativamente, sendo que também temos um movimento Novo Rumo, que tem 3500 subscritores, de entre os

quais mais de 20% são agentes do setor educativo.

Nós não temos a ideia de que temos sempre razão, mas temos muito orgulho no que fizemos, por exemplo,

na criação da escola pública, que é, claramente, algo que faz parte do nosso património político.

De facto, temos muito orgulho nisso, mas sabemos que os tempos mudam e sabemos que mudando temos

de nos adaptar permanentemente. Nós não temos uma cartilha, não temos uma espécie de catecismo

intocável, como os senhores têm e que repetem sempre, seja qual for o Governo, seja qual for a circunstância.

Não! Nós pensamos em cada momento e tomamos decisões em cada momento.

Nós queremos propor ao País uma nova forma de fazer política. Queremos reconciliar as pessoas com a

grande política e a grande política é a que resolve o problema das pessoas, não é aquela que decide se

ganhámos o debate, se perdemos o debate, se falamos mais alto, se falamos mais baixo… A grande política é

aquela que resolve os problemas concretos das pessoas!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — E é para isso que eu estou aqui, em nome do movimento Novo Rumo, a

convidar todas as portuguesas, todos os portugueses e todos os Deputados desta Câmara.

Aplausos do PS.

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