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8 DE MAIO DE 2014

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Como declaração de princípio, digo até, mais, que, tanto o CDS como o Sr. Ministro Pires de Lima,

mantemos que, logo que possível, queremos baixar a carga fiscal que incide sobre os portugueses.

Risos do Deputado do PS Pedro de Jesus Marques.

É uma questão de princípio. Não é possível fazê-lo no momento, porque temos de resolver os problemas

do País.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Se não houvesse eleições, nunca mais era possível!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — E o problema principal do País era o de ganhar a credibilidade externa,

consolidar as contas públicas e criar condições para o crescimento económico.

Aliás, gostaria de referir que não é verdade como dizem, tentando baralhar a opinião pública, que o

aumento do IVA neste setor específico tenha sido mau para o turismo, porque não foi — e os dados são

evidentes.

Gostaria até de dizer, de uma forma muito simples, que o aumento de dormidas, Sr.ª Deputada, não se

deve só aos turistas estrangeiros mas também aos nacionais. De facto, o aumento de dormidas de nacionais

foi de 5,2%. São mais 582 000 hóspedes nacionais.

Talvez tenha sido uma primavera qualquer — que seja! Espero que seja a primavera, o verão ou o inverno

— que seja!

Outro dado que sei que a Sr.ª Deputada conhece muito bem é o de que vendemos mais caro. E sabe

porquê, Sr.ª Deputada? Porque o rendimento por quarto também aumentou. Sabe quanto é que aumentou o

rendimento por quarto disponível?

O Revpar (Revenue per Available Room) aumentou 5,6%, algo nunca visto em cenários de crise e de

retração do consumo. Portanto, Sr.ª Deputada, o que diz não é verdade.

Sr.ª Deputada, quando diz que o setor não criou emprego, também não é verdade. Graças à resiliência dos

empresários, o setor criou mais emprego. De todos os setores da economia portuguesa foi aquele que se

ajustou mais depressa e que criou mais emprego, foram mais 9000 postos de trabalho. Porventura, dir-me-á:

«Isso é efeito do crescimento do turismo.» Talvez seja!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E isso é bom ou é mau, Sr.ª Deputada?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas a realidade é que os turistas vieram sem ter em conta o aumento

do IVA e os preços das refeições, que, ainda assim, continuam mais baixos dos que os da média europeia, e

trouxeram, obviamente, mais ganhos.

Sr.ª Deputada, percebo o horror, o drama, o medo com que olham para uma saída de Portugal do

Programa: é porque ficam sem objeto.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A esquerda mais à esquerda está completamente perdida e baralhada

e interroga-se: «Agora, o que é que dizemos se já não temos a troica?».

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Até reconheço que haverá alguns Deputados da bancada do Partido

Socialista que estão zangados com o Governo. Porquê? Porque deram o melhor que podiam e sabiam,

esforçaram-se para criar dívida, fizeram o melhor que podiam e sabiam para trazer a troica e, agora — é

óbvio! —, quando veem que a troica se vai embora, há um certo descontentamento, há uma certa desilusão!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

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