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I SÉRIE — NÚMERO 92

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O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — É verdade!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Srs. Deputados, vejamos: compreendo o argumento que muitos Srs.

Deputados utilizam no sentido de nos dizer: «Nós queremos discutir o sumo das propostas, nós queremos

discutir o conteúdo das propostas e, portanto, nós queremos que elas baixem à especialidade». Mas não deixa

de ser curioso que os Srs. Deputados tenham tantas coisas para discutir na especialidade e, depois, na

generalidade, não descubram nenhuma. Não deixa de ser curioso!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É já a seguir!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sendo que — justiça seja feita — a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua

tem divergências muito concretas, que explanou na sua exposição, e o Sr. Deputado Bruno Dias estou certa

de que também terá.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Não perdemos pela demora!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Não perdemos pela demora.

Em todo o caso, não deixa de ser extraordinariamente curioso porque, tanto nesta discussão como na

anterior, ouvi muita vontade de discutir questões concretas, mas ouvi muito poucas propostas concretas.

O Sr. José Magalhães (PS): — Mas há!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Portanto, se têm propostas concretas,…

O Sr. José Magalhães (PS): — Temos!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … o desafio, o repto que lanço aqui é o de, já agora, se forem

aprovadas 1, 2, 10, 20 propostas concretas, aproveitarem o tempo para falar, não digo das 10 nem das 20,

mas de uma, para amostra, para exemplo.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Isso seria muito, muito interessante e acho que conduziria a um

debate manifestamente diferente.

Também gostaria de dizer o seguinte: a Constituição da República Portuguesa não é só para quando dá

jeito. Que eu saiba, as propostas de autorização legislativa estão consagradas constitucionalmente e não são

cheques em branco; são cheques muito bem preenchidos, com limite e extensão muito bem definidos. Aliás,

devo dizer que o último Código de Investimento que foi aprovado foi exatamente através de uma autorização

legislativa.

Portanto, para o PS serve, está tudo bem, mas quando é este Governo já não serve, já está tudo mal. Não

deixa de ser extraordinariamente curioso!

Por último, e porque foi aqui perguntado (e é legítimo que se pergunte) qual é a pressa, Srs. Deputados, a

pressa é que, se nada for feito, no dia 1 de julho muitos destes incentivos deixarão de estar em vigor.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Falta um mês!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Os senhores acham que o investimento pode esperar; o CDS acha

que o investimento não pode esperar. Essa é a diferença e isso é o que nos separa.

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