O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 96

36

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … e também para registar que nesta Câmara se continua com a

demagogia do pior, que é aproveitar um exemplo para denegrir o esforço de tantos e tantos trabalhadores e de

tantos e tantos empresários do turismo.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, vamos passar à fase de encerramento do debate.

Para intervir, em nome do Bloco de Esquerda, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª e Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs.

Deputados: Dizia, ainda há minutos, o Sr. Secretário de Estado, querendo esquecer parte da realidade do

nosso País: «Falemos dos números em que nos devemos concentrar».

Pois, hoje, o Bloco de Esquerda trouxe aqui os números que o Governo quer passar para debaixo do

tapete e das vidas que o Governo quer condenar à precariedade. E é exatamente porque o Governo não as

tem em conta, não as quer ver, com que não quer contar, que nós hoje aqui damos voz, porque são aquelas

que pagam as escolhas da precariedade das políticas deste Governo.

O Governo não soube sequer dizer o número de homens e de mulheres que estavam debaixo dos

contratos emprego-inserção no Estado. Não sabia o número, enganou-se por um zero. Afinal, o zero à

esquerda deste Governo era um zero à direita no número desta brutalidade sobre as pessoas: mais de 50 000

homens e mulheres!

Aplausos do BE.

São mais de 50 000 homens e mulheres que trabalham, recebendo aquilo a que têm direito por estarem

desempregados, que é o subsídio de desemprego e a esmola de 83 €/mês.

Por isso, o Governo é o primeiro a explorar aqueles de quem deveria cuidar e, não dando emprego, obriga

a trabalhar por uma esmola: 83 €/mês. Esta é a escolha e é a brutalidade da política deste Governo. E, Sr.

Secretário de Estado da Administração Pública, não são só pessoas com falta de qualificações. São pessoas

com ensino superior, com ensino secundário e são pessoas que tinham emprego e que o perderam por causa

das políticas deste Governo, mas todas e todos eles, independentemente das qualificações que têm, estão a

ocupar postos de trabalho permanentes que o Governo quer tapar de forma precária. Não são pessoas

descartáveis, mas o Governo quer que sejam descartados, porque não valoriza o seu trabalho.

O Governo que colocou metas a si próprio na contratação pública e que disse que era a troica que impunha

estas metas é o mesmo que agora utiliza estes números, as metas, as suas restrições para manter a mesma

política de degradação salarial, a mesma precariedade e a mesma selvajaria sobre as pessoas.

Nós insistimos naquilo que desde a primeira hora trouxemos a este debate: um posto de trabalho

permanente deve ter um contrato e um emprego permanente. Não pode ser o Estado o primeiro a insistir na

precariedade e não pode ser o Governo o garante de que a precariedade é a lei da selva que hoje se aloja no

mercado laboral em Portugal.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Exigimos direitos, porque é de direitos que falamos, e não aceitamos,

como o CDS quis trazer a este debate, que a chantagem seja sempre de cortar mais, cortar mais, cortar mais,

dizendo que a alternativa seria apenas cortar menos um bocadinho. É de pessoas e de direitos que falamos e

não aceitamos que a destruição de direitos seja a única política em cima da mesa. Há, de facto, alternativas, e

trouxemos as alternativas a debate.

O Sr. Ministro dizia que tinha alternativas, que tinha políticas ativas de emprego. Ora, o que vemos é que,

para além do desemprego que tem criado, o que o Governo tem são políticas ativas de precariedade, são

esses os únicos números que tinha para apresentar e, de facto, foram esses os números que colocou debaixo

do tapete.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 96 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membr
Pág.Página 2
Página 0003:
19 DE JUNHO DE 2014 3 A lei que proíbe contratações é a mesma que abriu a porta a t
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 96 4 Os números da emigração não disparam por acaso.
Pág.Página 4
Página 0005:
19 DE JUNHO DE 2014 5 De um modo geral, os mercados segmentados são ineficazes. A s
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 96 6 Na mesma linha de ideias, funciona a dispensa d
Pág.Página 6
Página 0007:
19 DE JUNHO DE 2014 7 Também o Banco de Portugal referia que o número cada vez maio
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 96 8 O Sr. Arménio Santos (PSD): — Ou seja, o
Pág.Página 8
Página 0009:
19 DE JUNHO DE 2014 9 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Deputado, acha bem
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 96 10 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Pr
Pág.Página 10
Página 0011:
19 DE JUNHO DE 2014 11 Sr. Ministro, contratos de emprego-inserção não o são, não:
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 96 12 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E isto
Pág.Página 12
Página 0013:
19 DE JUNHO DE 2014 13 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — É que a resposta é confusa,
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 96 14 do que dizem o Governo e o Sr. Ministro nunca
Pág.Página 14
Página 0015:
19 DE JUNHO DE 2014 15 Existem, hoje, no nosso País milhares de trabalhadores em es
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 96 16 A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — Sr.as e Sr
Pág.Página 16
Página 0017:
19 DE JUNHO DE 2014 17 Ora, desses 107 000 contratos de trabalho, 95 000 foram feit
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 96 18 Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ora bem!
Pág.Página 18
Página 0019:
19 DE JUNHO DE 2014 19 Nessa matéria, naturalmente que o Estado tem de ter progress
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 96 20 Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua
Pág.Página 20
Página 0021:
19 DE JUNHO DE 2014 21 O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 96 22 O Sr. Presidente (António Filipe): — Te
Pág.Página 22
Página 0023:
19 DE JUNHO DE 2014 23 E aproveitava o facto de estar aqui o Sr. Secretário de Esta
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 96 24 Vozes do PSD: — Muito bem! A Sr.
Pág.Página 24
Página 0025:
19 DE JUNHO DE 2014 25 O Sr. António Cardoso (PS): — Sr. Presidente, Sr. Min
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 96 26 Os trabalhadores não são objetos descartáveis,
Pág.Página 26
Página 0027:
19 DE JUNHO DE 2014 27 Protestos da Deputada do PS Catarina Marcelino. <
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 96 28 Os empregos de qualidade não se conseguem com
Pág.Página 28
Página 0029:
19 DE JUNHO DE 2014 29 Protestos do Deputado do PCP João Oliveira. E,
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 96 30 temporário ou até do recurso aos falsos recibo
Pág.Página 30
Página 0031:
19 DE JUNHO DE 2014 31 Com efeito, tem sido uma prioridade desta governação a criaç
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 96 32 O Sr. Presidente (António Filipe): — Pa
Pág.Página 32
Página 0033:
19 DE JUNHO DE 2014 33 a generalização da precariedade, o embaratecimento e a facil
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 96 34 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Como di
Pág.Página 34
Página 0035:
19 DE JUNHO DE 2014 35 Protestos do PCP e do BE. Ou seja, os dados qu
Pág.Página 35
Página 0037:
19 DE JUNHO DE 2014 37 O Sr. Ministro anunciou números do IEFP (Instituto do Empreg
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 96 38 como tema central, os contratos emprego-inserç
Pág.Página 38
Página 0039:
19 DE JUNHO DE 2014 39 Protestos do PS. A precariedade mais gravosa é
Pág.Página 39