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18 DE DEZEMBRO DE 2014

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todo o gosto em voltar a explicá-los, com todo o tempo, dado que neste debate já não dispomos de mais

tempo.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Terminado este debate, passamos ao terceiro ponto da nossa ordem

de trabalhos, que consiste na apreciação conjunta dos projetos de resolução n.os

1135/XII (4.ª) — Classifica o

Mosteiro de Tibães como imóvel de interesse nacional, reconhecendo-o como monumento nacional (PSD e

CDS-PP) e 1185/XII (4.ª) — Pela classificação do Mosteiro de São Martinho de Tibães como monumento

nacional (Os Verdes).

Para abrir o debate, em nome do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Propomos aqui hoje que a

Assembleia da República aprove uma resolução que visa recomendar ao Governo que classifique o Mosteiro

de Tibães como imóvel de interesse nacional, reconhecendo-o como monumento nacional.

Gostaria de dizer, Sr. Presidente, que só peca por tardia a aprovação pela Assembleia da República deste

projeto de resolução e a decisão que o Governo deve tomar, impelido pela Assembleia da República.

Queria também cumprimentar o Partido Ecologista «Os Verdes» por se associar à iniciativa legislativa da

maioria, quer do PSD, quer do CDS-PP. É um claro reconhecimento que o Partido Ecologista «Os Verdes»

aqui faz também da importância daquele imóvel.

De facto, trata-se de um imóvel de grande relevância artística, cultural e arquitetónica, afirma-se como um

dos principais conjuntos barrocos monásticos do País e como um centro de pensamento e de artes. É um dos

melhores exemplos da arte portuguesa dos séculos XVII e XVIII no que diz respeito à arte de talha.

É uma exigência de há muito do concelho de Braga, da freguesia de Mire de Tibães, da região e julgo que,

na próxima sexta-feira, este projeto de resolução, quando for votado, não pode deixar de acolher os votos

consensuais de toda a Câmara, mesmo daqueles que não se associaram a esta iniciativa legislativa. Tenho a

certeza absoluta de que, em nome do interesse nacional, da preservação do património, da nossa cultura e da

nossa História, o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português se associarão à

maioria e ao Partido Ecologista «Os Verdes», votando favoravelmente este projeto de resolução, impelindo o

Governo a que, rapidamente, classifique o Mosteiro de Tibães, em Braga, como património nacional.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Em representação do Partido Ecologista «Os Verdes», também como

proponente, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, queria

dizer que Os Verdes, de facto, também apresentaram um projeto de resolução sobre o Mosteiro de Tibães, à

semelhança do que fizeram o PSD e o CDS, porque também nós consideramos que o Mosteiro de São

Martinho de Tibães, para além de ser um dos edificados mais emblemáticos da região minhota, é também um

edifício que faz parte do património histórico, artístico, cultural e arquitetónico nacional.

A importância deste Mosteiro encontra-se, aliás, documentada através de muitas e diversas fontes, sendo

que a primeira referência que se conhece data do distante e longínquo ano de 1077.

Fundado em finais do século X, inícios do século XI, este monumento acabaria a transformar-se, num dos

mais ricos e poderosos mosteiros do Norte de Portugal até ao século XIV. Com o movimento da Reforma e o

fim da crise religiosa que percorreu os séculos XIV a XVI, o Mosteiro de São Martinho de Tibães assistiu à

fundação da Congregação de São Bento, tanto de Portugal como do Brasil, tornando-se a casa-mãe de todos

os mosteiros beneditinos e o centro difusor de culturas e estéticas.

Mas a relevância deste Mosteiro pode ser igualmente aferida pelo papel que desempenhou como

verdadeiro e autêntico «estaleiro-escola» de um conjunto, entre outros, de arquitetos, mestres-pedreiros,

carpinteiros e escultores, cuja produção ativa em todo o nordeste peninsular ficou ligada ao melhor do que se

fez na arte portuguesa nos séculos XVII e XVIII.

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