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I SÉRIE — NÚMERO 79

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locais onde não havia manifestamente necessidade. E a racionalidade destas medidas foi, mais uma vez,

concentrar riqueza, transferir rendimentos de quem trabalha para que não o faz, desmantelar o Estado e os

serviços públicos.

A evidência desta maquilhagem salta à vista com as recentes notícias que vieram a público, como o desvio

de verbas da ADSE para pagar despesas do Estado, dinheiro que resulta dos descontos nos salários dos

funcionários, que é deles, para pagar despesas que nada têm a ver com o fim para que os funcionários

descontam.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Crespo, para uma intervenção,

em nome do PSD.

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Sr.

Secretário de Estado, respeitamos o juízo do Tribunal de Contas em relação à Conta, mas queremos um juízo

político aqui, na Assembleia.

Eu estava na expectativa de ver qual era o Ministro das Finanças que teríamos hoje, aqui, a pronunciar-se

sobre a Conta Geral do Estado, e, afinal, não temos o Sr. Ministro, temos o Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — E…!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Isto porque, se fosse o Sr. Ministro, teríamos duas hipóteses: ou teríamos

o Sr. Ministro, no estrangeiro, a pedir tempo para que as reformas dos últimos anos se materializassem, ou

teríamos o Sr. Ministro, que está disponível para ficar na sombra do Primeiro-Ministro e da coligação socialista,

bloquista e comunista, a assistir à destruição dessas mesmas reformas. Resta saber qual é a opção que tomam.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Escolha o senhor!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Ou seja, se, definitivamente, o Ministério das Finanças assiste ao discurso

otimista do Sr. Primeiro-Ministro — irritantemente otimista — ou se daqui a pouco, mais à frente, se as coisas

correrem mal, temos o discurso da desculpabilização tardia.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Fale da Conta de 2014! Está a esgotar o tempo e não diz nada!…

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Na audição na Comissão, o Sr. Ministro foi contraditório.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Qual deles?

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Por um lado, reconheceu, citando a expressão do Sr. Ministro, que «a

economia entrou em recuperação», mas, por outro, afirmou que não foi de acordo com aquilo que o Governo

tinha previsto.

Sr. Secretário de Estado, Srs. Deputados: Falar da Conta Geral do Estado de 2014, e também da de 2015,

na sequência lógica, é falar de resultados.

Protestos do PS.

Vozes do PCP: — Fale dos cortes das pensões que os senhores queriam fazer!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Já lá vamos, Srs. Deputados! Falar da Conta é falar de resultados e de

resultados positivos,…

Vozes do PSD: — Muito bem!

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