O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE OUTUBRO DE 2016

23

Olhe que sim, Sr. Deputado!

Como eu dizia, resposta integrada é o que o Governo está a fazer com a reposição dos rendimentos, com a

reabertura dos serviços de justiça, com a valorização da escola pública e com um conjunto de propostas

estruturadas que resultam de um trabalho sério, sólido e com o rumo da Unidade de Missão para a Valorização

do Interior, que terá já projeção na proposta do Orçamento do Estado para 2017.

Por isso vos digo, Sr.as e Srs. Deputados, o agendamento deste «Perdoa-me», à pressa, antes do Orçamento,

é uma medida de desespero. E sabem porquê?

Protestos do PSD.

Sabem porque é uma medida de desespero? Porque estão em rota para as autárquicas.

Protestos do PSD.

Não fizeram quando podiam, querem agora remendar. Aos remédios dizemos «não», mas fica-lhes bem

reconhecer que na dose, na substância e nas consequências estiveram mesmo muito mal com os cidadãos, as

populações e os territórios de baixa densidade.

Infelizmente, o interior tem bem a memória da vossa indiferença e insensibilidade.

O Sr. Manuel Frexes (PSD): — Por isso é que conseguiram ganhar as eleições!

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — O «Perdoa-me» é bem-vindo. É bem-vindo, mas é tardio.

É claro que não conseguimos recuperar num ano os estragos que VV. Ex.as fizeram em quatro anos de

austeridade, mas o nosso rumo é diferente.

Agora, é tempo de construir, tempo de valorizar, tempo de esperança para o interior e para o mundo rural. É

um tempo novo, o nosso tempo, o tempo das pessoas!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Testa.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Se este debate, proposto pelo

PSD, serviu para alguma coisa foi para tirarmos as conclusões que acabámos por tirar.

Durante quatro anos, quatro longos anos, assistimos a um governo que não que nada tenha feito, porque fez

muito, mas o que fez foi, essencialmente, virar as costas a uma região substancial deste País.

Durante quatro anos, quatro longos anos, assistimos a um governo que, mais do que virar as costas, traiu

uma população e as expectativas dessa população.

Durante quatro anos, quatro longos anos, houve populações que emigraram, que saíram do interior do País

para procurar novas paragens onde tivessem trabalho e futuro.

Durante quatro anos, houve empresas que fecharam portas, que acabaram com a sua produtividade e que

abandonaram os seus trabalhadores à sua sorte.

Durante quatro anos, vivemos a experiência nefasta, fatídica, de não só ter um Governo que nos abandonava

como um Governo que traía as nossas esperanças.

Foram quatro anos que hoje resultaram no debate do «Perdoa-me». Será? Pois bem, o que vimos hoje foi

Deputados que não são do interior a falarem do interior e a quererem impor um estatuto que o próprio interior

tem de rejeitar.

Aplausos do PS.

Vozes do PS: — Muito bem!

Páginas Relacionadas
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 12 24 O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Hoje há uma c
Pág.Página 24