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5 DE NOVEMBRO DE 2016

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O Sr. João Oliveira (PCP): — O senhor recauchutou a intervenção do ano passado!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Já chegava!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Deixe-me só terminar: o Sr. Primeiro-Ministro virá, daqui a pouco, dizer

que conta consigo, que conta com a lealdade absoluta daqueles que são hoje os partenaires do grande

ilusionista.

Srs. Deputados, eu próprio confesso alguma surpresa. Nunca pensei que partidos outrora tão indignados,

tão revoltados, tão manifestantes, tão revolucionários fossem hoje tão submissos e condicionados pelo poder.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — A gente sabe o que vocês querem…!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O que antes era um escândalo hoje é um pequeno incidente que se

resolve a qualquer momento. Seja o encerramento de uma escola ou várias licenciaturas falsas, é um pequeno

reparo e caso encerrado!

Protestos do BE e do PCP.

A vossa indignação depende do lugar onde se sentam e isso tem um nome, chama-se oportunismo.

Aplausos do CDS-PP e do Deputado do PSD Luís Montenegro.

É certo que já o grande Winston Churchill dizia que sapos são comida habitual de políticos. Mas, o que nem

o grande Winston Churchill poderia prever era a capacidade de engolir sapos de comunistas e esquerdistas

portugueses no século XXI.

O Sr. Secretário de Estados dos Assuntos Parlamentares: — Essa é a vida do CDS!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Prometiam 25 € de aumento nas pensões, mas, no máximo, será de 4€

— sapo engolido!

Defendem os mais pobres, mas as pensões mínimas não terão aumentos — sapo engolido!

A Caixa Geral de Depósitos pode vir a despedir 2000 trabalhadores — sapo médio engolido!

Os senhores engolem sapos e vamos ver, Srs. Deputados, se não os engolem também, seja em matéria de

transparência, seja de remuneração, do tamanho de uma administração de um banco, designadamente da Caixa

Geral de Depósitos.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Vamos ver se os engolem ou não, porque já percebemos que os senhores estão preparados para engolir um

sapo do tamanho de um tratado orçamental ou da dívida portuguesa — e olhem que ela é grande!

Neste capítulo, é, de resto, curioso verificar que para o PCP o lema é: mais impostos, mais IMI, combater

todos os privilégios, exceto os do PCP, exceto se quem tiver de pagar os impostos for o próprio PCP.

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

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