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16 DE MARÇO DE 2017

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O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, agradeço aos Srs. Deputados que me colocaram questões.

Começo, precisamente, por responder à Sr.ª Deputada Cecília Meireles dizendo-lhe que, enquanto a ouvia,

estava a ficar intrigado pelo facto de a Sr.ª Deputada saber tanto do assunto e de a Deputada Assunção Cristas

ter dito recentemente, numa entrevista, que nunca falaram do assunto em Conselho de Ministros e que sabia

muito pouco sobre isso.

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa é boa!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — É algo, de facto, muito estranho e que perturba bastante os Deputados.

Mas, Sr.ª Deputada, sobre esta matéria, chegamos a um ponto em que o que é extraordinário, o que é

verdadeiramente relevante já nem é propriamente o fim do Banco Espírito Santo nem o fim do BANIF. O que é

verdadeiramente extraordinário, e mesmo, bizarro é o Governo que a Sr.ª Deputada apoiou e que teve

responsabilidades sobre o fim destes dois bancos, bem como as entidades e as individualidades que fizeram

parte desse Governo, dizerem hoje que não se conversou sobre o assunto, que não se discutiu o assunto no

Conselho de Ministros, que não faziam a mínima ideia sobre a solução que iria ter para este assunto.

Ora, chegamos a um ponto que o que é mais relevante, hoje, já não é propriamente o fim dos bancos, mas,

verdadeiramente, aquilo que não se fez e que devia ter sido feito. Isto deveria fazer refletir VV. Ex.as.

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do CDS-PP Assunção Cristas.

Sr.ª Deputada Cecília Meireles, a minha intervenção tinha, sobretudo, dois aspetos que me parecem muito

relevantes.

Primeiro, num país onde a banca passava pelas dificuldades que todos sabemos, num país onde a banca

estava prestes a implodir — e em alguns casos até espalhou estilhaços por todo o lado —, como é possível que

o Conselho de Ministros não tenha discutido o assunto?

Esta é uma pergunta que, hoje, todos os portugueses estão a fazer, é uma pergunta para a qual todos os

portugueses querem uma resposta.

Eu esperava que a Sr.ª Deputada Cecília Meireles, quando se levantou para intervir, tivesse dado a

resposta,…

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Também eu esperava que não tivessem posto o País na bancarrota!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — … tivesse explicado por que razão é que não discutiram o assunto, por que

razão é que não falaram sobre o assunto.

Protestos da Deputada do CDS-PP Assunção Cristas.

Mas há mais, Sr.ª Deputada: a outra questão relevante na intervenção que fiz e que a Sr.ª Deputada ocultou

foi a de saber por que razão é que não utilizaram os restantes 6000 milhões de euros que ainda sobravam para

reestruturar a banca. Os senhores estavam convencidos de que estava tudo normal, de que estava tudo bem,

de que não havia dificuldades? Por que é que não utilizaram esse montante?

Protestos da Deputada Cecília Meireles.

Aliás, vou lembrar à Sr.ª Deputada uma notícia de 2014 da Sr.ª ex-Ministra das Finanças, que dizia,

basicamente, que o Governo queria guardar o resto da linha de ajuda à banca «para outros fins», repito, «para

outros fins»!

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