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26 DE ABRIL DE 2017

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ir mais longe na defesa, reposição e conquista de direitos, para romper as amarras do domínio do grande capital

e da submissão externa, para, com cada fio da nossa vontade, transformar milhares de braços em alavancas e

assim colocar os valores de Abril no futuro de Portugal.

Viva o 25 de Abril!

Aplausos do PCP, do PS, de Os Verdes e do PAN.

Vozes do PCP: — Viva!

O Sr. Presidente da Assembleia da República: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, em

representação do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da

República, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Sr.

Presidente do Tribunal Constitucional, Srs. Antigos Presidentes da República, demais Autoridades Civis e

Militares do Estado aqui presentes, Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa, Sr. Núncio Apostólico, Sr.as e Srs.

Representantes do Corpo Diplomático, Sr.as e Srs. Convidados, Sr.as e Srs. Deputados: Nos 43 anos do 25 de

Abril que hoje se assinalam lembramos e homenageamos todos aqueles que contribuíram para a construção da

democracia no nosso País, todos os homens e mulheres que se bateram, antes e depois desse dia, pela

liberdade e contra qualquer forma de totalitarismo. Neste que é o primeiro 25 de Abril após a morte de Mário

Soares, figura central da nossa democracia, é de elementar justiça referir aqui o seu nome.

Aplausos do CDS-PP, do PS e do PAN.

Celebramos a visão, a ousadia e a coragem, e a superação de tantos, lembrando também os que no 25 de

Novembro reconduziram o País para o verdadeiro rumo da liberdade e da democracia.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

Se me é permitida uma nota pessoal, enquanto filha de militar e com dolorosas memórias da guerra colonial,

celebrar o 25 de Abril e também o 25 de Novembro é não esquecer dias e horas de inexcedível alegria. É

também honrar a memória do meu pai e os seus camaradas de armas, alguns deles aqui presentes.

Celebrar o 25 de Abril é um ato de justiça, de reconhecimento e de gratidão por aquilo que somos hoje como

povo e como País e não pode ser entendido como coisa menor, mero formalismo ou de circunstância. Fazê-lo

é preservar a memória, é respeitar a História e reconhecer que o 25 de Abril nos continua a edificar no presente

e nos projeta para o futuro.

Lembrar o 25 de Abril é guardar a chama que nos projetou para uma realidade que é hoje reconhecidamente

melhor, fruto do empenho de muitos, mas fruto, sobretudo, da alma de um povo. É avivar o orgulho que temos

no caminho percorrido, nas dificuldades ultrapassadas, nos esforços que os portugueses fizeram, o orgulho de,

como povo, continuarmos a ser capazes. É reafirmar o orgulho, tantas vezes esquecido, de ser português.

Neste percurso já longo reconhecemos erros — e não esquecemos o conturbado processo de

descolonização —, reconhecemos desvios e divergências. O CDS não tem nem nunca teve medo de afirmar os

seus valores e princípios e também nunca alimentou ressentimentos. Será sempre mais fácil destruir, mas muito

mais difícil será estimar, unir e construir. É desse lado que estamos e estaremos, como dizia Adelino Amaro da

Costa, em 1976, com palavras plenas de sentido e atualidade: «O CDS estará sempre empenhado em participar

no diálogo necessário para a sobrevivência e consolidação da democracia».

E o que nos trouxe a democracia? Indubitavelmente, a afirmação de direitos civis e políticos insubstituíveis,

com notáveis avanços e evoluções para o nosso coletivo, direitos que não podemos deixar de consolidar, num

processo sempre renovado de que é feita a construção da democracia. Mas, Sr. Presidente, Sr.as e Srs.

Deputados, não podemos esquecer outros direitos.

Nesta fase de maturidade democrática, ainda que com sombras de incertezas, interrogamo-nos se estamos

ou não no patamar que gostaríamos de estar. Fazer política numa democracia moderna é não se contentar com

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