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19 DE MAIO DE 2017

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CDS. E porquê? Porque o País está melhor. De facto, este trimestre foi mesmo o diabo para o PSD e para o

CDS.

Sr. Deputado Renato Sampaio, a pergunta que quero deixar-lhe é a seguinte: parece-lhe, ou não, estranho

que aqueles que, quando havia dúvidas, diziam que vinha aí o diabo, agora, perante os números, vêm reivindicar

a paternidade da obra, dizendo que o mérito também é do Governo anterior?

Aplausos de Deputados do PCP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Campos.

O Sr. Jorge Campos (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Renato Sampaio, agradeço-lhe a intervenção

que fez, pois veio lembrar que, de facto, o País está melhor, veio lembrar-nos de que os indicadores que agora

surgiram dão conta dessa mesma melhoria.

Naturalmente que aquilo que nos disse contraria uma outra narrativa, a que diz que os resultados obtidos

transitam do passado, o que é qualquer coisa de extraordinário, mas, enfim, percebe-se que seja dito.

Por outro lado, o Sr. Deputado fez aqui um retrato da cidade do Porto e do distrito do Porto que parecia que

estávamos no Admirável Mundo Novo, e, de facto, não é de todo essa a razão.

Em relação à cidade do Porto, temos de convir, subsistem numerosos problemas. É, por exemplo, uma das

regiões do País, onde há maior pobreza endémica, com uma enorme taxa de incidência de tuberculose, por

exemplo, no que toca à saúde, com o maior número de beneficiários de RSI. Há, ainda, muita coisa a melhorar

e está muita coisa por fazer.

Já muita coisa fizemos. Inclusivamente, parte desse percurso, a nível nacional, foi feito em conjunto com o

Partido Socialista, com o PCP e com o Partido Ecologista «Os Verdes», mas, Sr. Deputado, o que quero

perguntar é se entende, ou não, que ainda há muita coisa por fazer.

Sr. Deputado, há uma outra coisa que não posso deixar de perguntar. No que diz respeito, em concreto, à

cidade do Porto, até agora, tivemos um Partido Socialista que esteve na câmara municipal em coligação e, nas

próximas eleições, apresenta-se numa situação diversa daquela em que estava, com um candidato próprio. Ora,

isto coloca-nos a seguinte pergunta: o que está mal foi aquilo que fizeram até agora? Ou o que está bem é aquilo

que vão fazer a partir de agora?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.

O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, em primeiro lugar, permita-me assinalar a ausência do PSD

neste debate, o que demonstra bem a forma como ficaram completamente entalados com estes resultados.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Sr. Deputado Jorge Machado, é verdade que nem tudo está bem, reconheço, mas nós partimos de uma

situação social complicada no distrito do Porto, porque o PSD e o CDS, enquanto Governo, transformaram o

Porto de capital de trabalho em capital do desemprego. Temos consciência de que isto é um flagelo, mas

também aqui as coisas melhoraram significativamente, pois não nos podemos esquecer de que o distrito do

Porto, quando o PSD e o CDS deixaram o Governo, tinha 170 000 pessoas desempregadas, deixando muitas

mazelas e muitas feridas por sarar. Mas com o nosso Governo, a situação no distrito já se alterou: no último

ano, entre março de 2016 e março de 2017, assistiu-se a uma quebra de 16% no número de desempregados,

menos 20 777, apenas no espaço de um ano. Entre março de 2015, o ano em que a direita deixou o Governo,

e março deste ano há menos 25 648 desempregados inscritos no distrito do Porto. É uma quebra no desemprego

de 19%.

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