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I SÉRIE — NÚMERO 89

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Aplausos do PS.

O desemprego é um flagelo. O Governo está atento a esse problema e, por isso, é que a economia é

fundamental para a criação de emprego, a aposta no investimento. No distrito do Porto, tanto o investimento

privado como o investimento público têm subido significativamente.

Sr. Deputado José Luís Ferreira, é óbvio que estou substancialmente de acordo consigo. É verdade que a

direita dizia que vinha o diabo, e a verdade é que ele veio para a Rua de São Caetano à Lapa, passando pelo

Largo do Caldas, conforme eu disse da tribuna.

Sr. Deputado Jorge Campos, inicialmente, eu disse que estava a falar do distrito do Porto, da nossa região,

da região Norte, e foi a isso que me referi. Portanto, quando me referi ao Porto, referi-me, obviamente, ao distrito.

Quanto à cidade do Porto e à sua gestão, a única coisa que posso dizer-lhe é que tudo o que o PS fez

anteriormente e na gestão que está em curso fez bem. Quanto ao resto, não responsabilizem o Partido

Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, ao abrigo do n.º 2 do artigo 76.º do Regimento,

tem a palavra a Sr.ª Deputada Ângela Guerra.

A Sr.ª ÂngelaGuerra (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na Praça da República, onde se

situa um dos mais emblemáticos edifícios do concelho, o Quartel das Esquadras, um edifício incluído na zona

especial de proteção das muralhas da praça, ou a bela Igreja da Misericórdia, situa-se também o edifício de dois

pisos que a Caixa Geral de Depósitos ocupa há mais de 30 anos.

Por ali, subsistem alguns, teimosos, pequenos negócios, como um minimercado, uma sapataria, um café e

a famosa ginjinha da Casa da Amélinha.

«Para mim, isto é uma bomba!», afirma um dos proprietários de um dos referidos negócios de bar, que, num

misto de desalento e de indignação, lamenta, dizendo: «Quem ia à Caixa representava entre 10% a 15% da

clientela da minha casa, que já está aberta há 22 anos! Nos dias de semana, desde o encerramento do balcão,

já se nota bem a diferença!». Outros, que se aproximam, acrescentam: «O País interior está a morrer! Mas é lá

por Lisboa que o estão a matar!».

Almeida, estrela do interior, magnífica aldeia histórica de Portugal, será a única sede de concelho do País a

ver-se privada dos serviços de tesouraria da Caixa Geral de Depósitos, indispensável ao normal funcionamento

diário de todas as repartições públicas ali existentes, dos pensionistas, dos emigrantes, da população idosa e

de toda a demais população deste concelho.

«E então?», perguntam alguns. Quais são, afinal, as consequências da extinção de uma tesouraria de um

balcão como este?

Por exemplo, um pensionista, dos cerca de 2500 deste concelho, que que não tenha cartão de débito

associado à sua conta — e a larga maioria não tem ou, então, não o sabe utilizar — ou não tenha caderneta

com código passa a ficar privado de efetuar, entre outros serviços básicos, depósitos ou levantamentos em

dinheiro ou em cheque, pagamentos obrigatórios na Caixa, como o Documento Único de Cobrança, operações

cambiais, pagamentos ao Estado ou pedidos de financiamento.

São, assim, uma espécie de cidadãos de segunda os que vivem lá longe, num interior esquecido ou apenas

usado em belos dias de proclamações políticas. São aqueles para quem, quando alguma coisa corre mal pela

capital, invariavelmente, sobra a despesa. São aqueles para quem uma qualquer dificuldade numa das

repartições públicas que ali subsiste, como o tribunal, o notário, as conservatórias de registo, o serviço de

finanças, os CTT, as escolas, o centro de saúde, o posto da GNR ou mesmo a câmara municipal, se tornará

num permanente calvário de necessárias viagens até Vilar Formoso, percorrendo 30 km, ida e volta, e pagando

cerca de 25 € por cada uma delas, com pensões de cerca de 200 €. Sim, porque estamos a falar de um concelho

que não tem transportes públicos, nem diários, nem semanais, nem mensais, e que, pese embora tenha cerca

de 8000 habitantes, tem 518 km2 de território, onde cabem, portanto, várias cidades de Lisboa. Tem muito

património para proteger e valorizar, potenciando a economia local, gerando empregos e fixando muita gente

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