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6 DE OUTUBRO DE 2017

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de outra forma. Ou seja, podemos, obviamente, ter opinião, mas não creio que faça sentido querermos substituir-

nos ou até governar a casa do nosso vizinho, por assim dizer.

Esse tipo de comparações são abusivas, como é, inclusivamente, abusiva — e eu compreendo que possa

ser útil — uma comparação entre uma democracia consolidada, como é o Estado espanhol, ou a Indonésia, por

exemplo, na altura da ocupação de Timor. São realidades diferentes, são Estados diferentes e temos que

respeitar a democracia.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — E a Escócia?!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Dito isto, não se pode também passar a vida a invocar a Constituição,

como os senhores fizeram, quase querendo que ela literalmente fosse sempre cumprida, e, depois, dizer que

aqui a Constituição tem de ser cumprida, mas com a Constituição dos outros países é indiferente; se não

gostarmos, eles que não a cumpram. Não pode ser, Srs. Deputados!

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Concluo, Sr. Presidente, com uma nota muito importante, se me permitir:

a situação de violência é inaceitável, o excesso de violência e até o excesso de violência policial a que assistimos

é, obviamente, fator de preocupação e essa preocupação nós acompanhamos.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não acompanhamos quem se queira substituir às entidades espanholas,

acompanhamos quem, com razoabilidade, queira desejar o diálogo, esperar o diálogo, porque com diálogo

haverá uma boa solução para a Catalunha, para a Espanha e para a Europa, mas com violência não haverá

nenhuma boa solução.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, passamos às votações.

Vamos proceder à votação do voto n.º 405/XIII (3.ª) — De preocupação pela evolução da situação política

na Catalunha, do PS.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS e do CDS-PP e abstenções do BE, do

PCP, de Os Verdes e do PAN.

Passamos à votação do voto n.º 406/XIII (3.ª) — De condenação pela violência e repressão policiais na

Catalunha, do BE e do PAN e subscrito por Deputados do PS.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do CDS-PP e de 5 Deputados do PS (Fernando

Rocha Andrade, Idália Salvador Serrão, Luís Moreira Testa, Luís Vilhena e Nuno Sá), votos a favor do BE, do

PCP, de Os Verdes, do PAN, de 2 Deputados do PSD (Rubina Berardo e Ulisses Pereira) e de 9 Deputados do

PS (André Pinotes Baptista, Bacelar de Vasconcelos, Carla Sousa, Helena Roseta, Hugo Carvalho, Isabel Alves

Moreira, Luís Graça, Paulo Trigo Pereira e Tiago Barbosa Ribeiro) e a abstenção do PS.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Peço a palavra Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, é para anunciar que apresentarei uma declaração de voto

sobre as duas últimas votações.

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