O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 31

36

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isto é descapitalizar uma empresa fundamental para a vida das populações.

Aplausos do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente! É inaceitável!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Portanto, Srs. Deputados, o anúncio da administração dos CTT, poucos dias

depois do debate parlamentar que aqui tivemos sobre o futuro da empresa e do serviço público postal, esse

anúncio, assumiu contornos praticamente de provocação, de provocação ao poder político. E temos de ter uma

resposta muito clara não para nos entretermos a discutir, a refletir e a fazer estudos sobre aquilo que a vida está

todos os dias a demonstrar aos portugueses mas, sim, sobre os passos necessários que temos de dar para

garantir a defesa do interesse nacional e para que se possa restituir aos portugueses aquilo que lhes foi roubado.

E aquilo que lhes foi roubado foi os CTT, uma empresa com um serviço com mais de 500 anos, um serviço

público fundamental para o nosso desenvolvimento.

Portanto, Srs. Deputados, aquilo que se coloca neste momento com particular clareza é que a única forma

de os portugueses recuperarem o serviço postal de qualidade não é resgatando um contrato de concessão é

resgatando a empresa, e resgatando a empresa é revertê-la para o controlo da gestão pública.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, apesar de tantas vezes trazer

estas matérias a Plenário — …

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não tenho gosto nenhum, Sr. Deputado. Acredite!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … e isso, em si mesmo, deveria ser bom, porque nos permite discutir

aquilo que, a meu ver, se deveria discutir, que é a qualidade dos serviços públicos, o modelo de gestão dos

serviços públicos e saber, como diz e bem, que opções políticas são válidas —, confesso que é difícil, não vale,

não parece correto, nem é politicamente sério, o Sr. Deputado esquecer-se de que aprovou três Orçamentos,

de que as vossas opções políticas foram no sentido de reverter um conjunto de serviços para a esfera pública,

dizendo que a melhor garantia para o serviço era a detenção pelo Estado, ou seja, a natureza de empresa

pública, e, depois, não conseguir explicar por que é que, por exemplo, nos transportes todas as empresas que

prestam serviço são de natureza pública e o serviço degrada-se dia a dia. Explique lá porquê!

Vou-lhe só dar um exemplo: recebeu, como eu recebi, a Comissão de Trabalhadores da Soflusa. O anúncio,

para janeiro, da Comissão de Trabalhadores é o de que o serviço vai piorar, porque há barcos que não vão estar

certificados, porque vai haver falta de barcos, porque tem havido imensos incidentes.

Olhe, comparou as reclamações dos serviços públicos de transportes no 1.º semestre de 2016 ou o de 2017?

Sr. Deputado, as reclamações duplicaram e as empresas são públicas.

Os Srs. Deputados vêm disfarçar, vêm continuar a tentar fazer demagogia, confesso que da boa, dizendo

que nada têm a ver com isto, que as opções políticas não foram apenas e só pôr na esfera do Estado todo o

serviço de prestação de transportes, e, ainda assim, não há memória de termos tido tão mau serviço público e,

ainda por cima, mais caros — é que os serviços estão mais caros.

Eu até poderia dizer: «Bom, mas há aqui uma prova de que o que digo é verdade!», porque, por acaso, o

único serviço de transportes que os senhores mantiveram na esfera privada é a gestão do Metro do Porto.

Reparou nas notícias de hoje, que dizem que o Metro do Porto ganhou qualidade, ganhou passageiros e que os

serviços são sustentáveis?

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 31 4 que salvaguarde a zona húmida sazonal de água d
Pág.Página 4
Página 0005:
5 DE JANEIRO DE 2018 5 Ao contrário do sucedido com a outra parte do
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 31 6 Com esta decisão, consideramos que se abre a po
Pág.Página 6
Página 0007:
5 DE JANEIRO DE 2018 7 O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 31 8 O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sr. P
Pág.Página 8
Página 0009:
5 DE JANEIRO DE 2018 9 O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — O ve
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 31 10 Aplausos do CDS-PP. O Sr.
Pág.Página 10
Página 0011:
5 DE JANEIRO DE 2018 11 Vozes do PS: — Muito bem! <
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 31 12 O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presi
Pág.Página 12
Página 0013:
5 DE JANEIRO DE 2018 13 … que em 2003 aprovaram legislação nes
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 31 14 O Sr. João Oliveira (PCP): — É falso! <
Pág.Página 14