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5 DE JANEIRO DE 2018

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crescimento económico nos países nossos parceiros comerciais, aproxima-se do fim; o turismo continuará a ser

um setor em fortalecimento, mas não queremos ser um País só de hotéis e restaurantes e de novos empregos

com salário mínimo.

Precisamos de apostar no investimento privado, nos setores transacionáveis, na atração de recursos

humanos qualificados, sejam eles portugueses ou estrangeiros. O que não acreditamos, nós, PSD, é que o

comportamento da maioria que suporta o Governo do País conduza a esse resultado. Poderíamos falar de tantos

casos em que investidores decidem ir para outras paragens, desanimados pela burocracia, pela ineficiência da

justiça ou pelo receio de iniciativas políticas que ponham em causa os fatores que determinam o nosso relativo

sucesso atual,…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — … como a reforma laboral ou o alojamento local, mas o caso da

Autoeuropa, pelo que representa, é suficientemente ilustrativo.

A fábrica do Grupo Volkswagen, que se instalou em Palmela há já mais de duas décadas, mudou a face do

distrito de Setúbal, aumentou as nossas exportações e deu origem a um cluster de empresas inovadoras, de

elevado valor acrescentado, muitas das quais cresceram já para além da sua relação com a Autoeuropa.

Numa fábrica com um relacionamento entre administração e trabalhadores que foi durante tanto tempo

exemplar, vimos recentemente um crescendo da conflitualidade laboral que não pode senão preocupar-nos.

Naturalmente, não questionamos o direito dos trabalhadores de negociarem as condições de trabalho, mas

só a interferência politizada dos sindicatos afetos à CGTP pode explicar por que pela primeira vez em tantos

anos não foi possível chegar a acordo sem que tenha havido greves. A decisão da Volkswagen de produzir em

Portugal o seu novo modelo foi o resultado de um intenso esforço de negociação do anterior Governo e um

sucesso da nossa diplomacia, mas, como argumento determinante, foi sempre realçado o clima de paz social e

a correspondente elevada produtividade e qualidade dos trabalhadores.

Mesmo que ainda se alcance um acordo, e desejamos sinceramente que assim seja, e rapidamente, a

alteração de paradigma a que temos assistido não deixará de ser lembrada quando houver novo modelo a

produzir e outros países com fábricas da Volkswagen voltarem a concorrer com Portugal.

Esperemos não receber a amarga notícia de que fomos preteridos, mas, se tal acontecer, não deixaremos

de lembrar a quem cabe a responsabilidade: à ação de uns e à cumplicidade de outros, todos desta maioria das

esquerdas que reclama para si os méritos do que corre bem e empurra para outros a responsabilidade do que

corre mal.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Portugal enfrenta desafios imensos. A evolução demográfica é quase trágica,

mas acaba-se com o quociente familiar que dava algum incentivo às famílias com filhos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É verdade!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — A consolidação das contas públicas é frágil, mas as decisões

desta maioria aumentam despesa permanente e rígida para o futuro — como o aumento do número de

funcionários públicos e de dirigentes, apenas para dar um exemplo —, financiando-a cada vez mais com

impostos difusos e cuja receita cairá com a próxima crise.

O investimento privado é fundamental para a criação de riqueza e emprego no futuro, mas aumenta-se o IRC

para as empresas maiores, deixando bem clara a mensagem de que quem nos governa não gosta de quem cria

riqueza e de quem se atreve a ter ambição e crescer.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Que disparate!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — Enquanto a próxima crise não nos bater à porta, este

comportamento de cigarra vai passando.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — De cigarra é o que anda a fazer lá na Arrow!

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