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15 DE FEVEREIRO DE 2018

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Na campanha eleitoral, quando confrontados pelos lesados, tiveram a falta de vergonha de dizer que dariam

dinheiro do vosso bolso para apoiar as custas judiciais dos lesados, em vez de assumirem a obrigação moral e

ética de responderem ao dever de indemnizar quem foi lesado pelo sistema financeiro.

Aplausos do PS.

Continuam a ignorar que o maior fator de confiança no sistema financeiro não está nas instituições

internacionais, está nos clientes, nos cidadãos, que depositam as suas poupanças nos bancos e têm de

continuar a confiar neles para que o sistema financeiro continue a ser solvente e merecedor de confiança.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Não faça demagogia!

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Peço-lhe para concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que nos separa não são os contribuintes, o que nos separa é a falta de

vergonha de quem criou um problema, de quem não tem a coragem de o resolver e ainda se opõe a quem quer

e está a resolver esse problema.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Tem de estudar mais!

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Não tem de estudar

nada!

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, segue-se o Bloco de Esquerda, pelo que tem a palavra,

para formular as respetivas perguntas, a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, os números da economia são uma

boa notícia para o País, sem nenhuma sombra de dúvida, e devo dizer que o Bloco de Esquerda não fica

surpreendido. Dissemos sempre que a recuperação de rendimentos do trabalho, salários e pensões teria um

efeito virtuoso na economia e na criação de emprego e também dissemos sempre que existia folga para irmos

mais longe. O Governo, ao contrário, previu números abaixo e travou medidas de recuperação de rendimentos

e de investimento público.

Mas sabemos hoje, pelos números, e acho que esta é a conclusão mais importante a tirar, que não só

estávamos certos quando nos decidimos por uma política de recuperação de salários e pensões como, sim,

também podemos e devemos ir mais longe.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Isto porque, se o tivéssemos feito, os números da economia seriam ainda

melhores.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Podemos transformar este crescimento económico em efeitos muito

concretos na vida das pessoas e as medidas que faltam estão à vista de todos nós. São, seguramente, as

medidas na legislação do trabalho, combatendo a precariedade, acabando com a caducidade da contratação

coletiva para permitir uma valorização real dos salários; são as medidas de apoio social, num país em que 2,5

milhões de pessoas ainda vivem em situação de pobreza, e esta é a nossa urgência; e é, seguramente, o

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