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I SÉRIE — NÚMERO 48

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para o seu Governo, que são os cuidados de saúde primários, para as ditas unidades de saúde familiar. Estes

médicos esperam e desesperam e muitos deles já abandonaram o SNS, uns foram para o setor privado e outros

foram contactados pelas empresas de prestadores de serviços. Sabia?

Quer dizer, andamos muito bem informados, mas o CDS anda há meses a falar sobre isto. Há meses! Aliás,

já lhe fiz aqui estas perguntas, Sr. Primeiro-Ministro.

Deixe-me dizer-lhe que as empresas de prestação de serviços de saúde são pagas pelo Estado a 24 € por

cada hora de serviço médico prestado e estes jovens médicos especialistas, com direito a serem integrados e

reconhecidos na sua especialidade, custariam 16 €. Qual é o racional?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, já sabíamos que o CDS se tinha tornado o

campeão do investimento público em Portugal. Quer ser agora o campeão da defesa do Serviço Nacional de

Saúde em Portugal.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Isso é mau?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas neste caso teve um pequeno azar, porque a Sr.ª Deputada Catarina Martins

já apresentou ipsis verbis a questão que agora colocou.

Portanto, Sr.ª Deputada, há de compreender que não tenho mais nada a acrescentar ao que já respondi, leal

e francamente, à Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Nunca tem nada a acrescentar! Responde amanhã!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas registo com muita satisfação que, ao contrário do que parecia resultar da

sua primeira questão quer o Sr. Ministro da Saúde, quer eu dizemos exatamente a mesma coisa.

Como sabe, podemos sempre medir o tempo em diferentes unidades: em anos, em meses, em dias, em

horas, em segundos. Até lhe podia dizer que está por segundos, não importa é quantos segundos!

Vozes do CDS-PP: — Ah!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa é que é a questão essencial.

Portanto, Sr.ª Deputada, no momento próprio o concurso será aberto.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem novamente a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não sei por que é que sorri e

não sei por que é que se diverte com esta matéria.

Protestos de Deputados do PS.

O senhor não respondeu ao Bloco de Esquerda e continua a não responder ao CDS.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Nem aos médicos! Nem às pessoas!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O Sr. Primeiro-Ministro diverte-se dizendo que será um dia e nós

ouvimos nesta Casa que está por dias. De facto, os dias transformaram-se em meses e os utentes, que estão

no Serviço Nacional de Saúde à espera de médicos especialistas, têm o direito de saber quando é que, afinal,

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