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I SÉRIE — NÚMERO 48

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O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, creio que a dialética parlamentar dos debates

quinzenais é mesmo esta: os Deputados perguntarem e o Sr. Primeiro-Ministro responder.

Vou voltar a fazer a pergunta para ver se o Sr. Primeiro-Ministro volta a recusar responder: 500 horas de

trabalho extraordinário é aceitável?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, vejo que tem pouca confiança na minha coerência. À mesma

pergunta dar-lhe-ei a mesma resposta.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, queria anotar a total falta de respeito do Sr. Primeiro-

Ministro relativamente à bancada do PSD.

Aplausos do PSD.

Vozes do PS: — Oh!…

O Sr. João Galamba (PS): — Se perguntar se gosta de frango assado é obrigado a responder?!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro não responde a uma interpelação direta e

concreta de um Deputado porque tem vergonha da resposta.

Sr. Primeiro-Ministro, o seu Governo acaba de publicar um despacho que autoriza que trabalhadores possam

trabalhar cinco meses mais num ano do que aquilo que é normal, fazendo 850 horas de trabalho extraordinário

no porto de Lisboa. Queria perguntar ao Sr. Primeiro-Ministro se concorda com este despacho, se o acha

razoável, ou, então, se pode explicar ao País o que é que está por detrás do despacho que o Sr. Ministro Vieira

da Silva e a Sr.ª Ministra do Mar assinaram.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, como se vê, em matéria de consideração, o senhor finalmente fez

a pergunta que queria fazer. Andava a tentar criar um isco para procurar obter uma resposta que, depois, a

colocasse em contradição com um despacho proferido por dois membros do meu Governo.

Protestos do PSD.

Apesar de tudo, advoguei o número de anos suficientes para conhecer essas técnicas de barra, mas uma

das razões pelas quais deixei de advogar e preferi o debate político é porque sempre achei que o debate político

se podia fazer com outra franqueza e outra frontalidade.

Aplausos do PS.

Risos e protestos do PSD e do CDS-PP.

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