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I SÉRIE — NÚMERO 7

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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Encontramo-nos em

período pré-orçamental e é natural que neste período pré-orçamental se confrontem visões diferentes de quem

aqui representa eleitores e políticas diferentes.

É normal que haja uma visão das esquerdas, que são responsáveis pela aprovação de todos os Orçamentos

até agora e que serão responsáveis também pela aprovação do Orçamento que vamos discutir este ano, e uma

visão orçamental diferente por parte das oposições.

No entendimento de alguns analistas, seria até normal que, se esta solução governativa conseguisse chegar

até este Orçamento, isso significasse que as alternativas estariam completamente esmagadas. Seria tão

importante e tão forte a solução governativa e teria conseguido tanta coisa que muito difícil seria o exercício das

oposições, para poderem mostrar alguma coisa diferente.

Mas o que constatamos é que, ainda antes de as oposições mostrarem o que é possível fazer diferente — e

já o vamos fazer —, o facto de cada um dos partidos que integram a maioria de esquerda ter o seu discurso

sobre a política orçamental mostra muito bem a fragilidade dessa maioria e a incapacidade que teve para, ao

longo de três anos, beneficiando da melhor conjuntura possível, conseguir robustez na sua solução orçamental.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Outra vez?! Outra vez peixe assado?!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O PS é responsável por tudo o que é bom e não quer falar de

nada que corra menos bem.

O PCP diz que «isto é péssimo» e que só não é tão mau porque conseguiu aprovar algumas migalhas, mas,

ainda assim, este Governo — que o PCP aqui apoia, todos os dias — tem de ser removido rapidamente e em

força, para ser substituído por um Governo patriótico e de esquerda.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Nunca tinha falado tão bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O Bloco de Esquerda tem um dia em que traça a linha vermelha

e tem o dia seguinte, em que apaga a linha vermelha que traçou no dia anterior; ao terceiro dia descansa, porque

toda a gente repararia se retraçasse a linha vermelha logo no dia a seguir.

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

Da nossa parte, temos procurado fazer aqui uma política alternativa, e é indiscutível reconhecê-lo, com

sentido de missão e positiva.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O CDS, agora, apresenta uma política positiva! Vejam bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Dizemos claramente o que este Orçamento devia ter e não tem.

Onde é que, no Orçamento do Estado para 2019, vai estar a visão de futuro? É desta vez que estas

esquerdas nos vão mostrar por que é que um Orçamento de socialistas, apoiado por comunistas e bloquistas,

consegue fazer de Portugal um País com maior capacidade de resistir a ciclos adversos, com maior capacidade

de promover a coesão social, com maior capacidade de atrair investimento externo, no fundo, com maior

capacidade de estar na linha da frente do projeto europeu e não se manter apenas à tona da água, quando a

água desce, e sofrer quando as coisas correm pior a nível internacional?!

Onde é que está a redução efetiva da carga fiscal que nos permitiria a competitividade?! Onde é que está a

recuperação dos serviços públicos? Não há um português que compreenda que funcionem pior agora do que

funcionavam no tempo da troica!

Aplausos do CDS-PP.

Onde é que estão as opções estratégicas nalguns setores, que, muitas vezes, até são acarinhados pela

esquerda, nas palavras, que não nos atos?! Onde está, por exemplo, a visão de poder olhar para a cultura e

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