I SÉRIE — NÚMERO 14
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também, de oferecer melhores condições de vida num território que, para aproveitar esse potencial, precisa de
pessoas.
Foi por isso que, no Programa do Governo, definimos a coesão territorial como uma prioridade. Foi por isso
que criámos, logo em dezembro de 2015, a Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), que
apresentou o plano nacional de coesão territorial, aprovado em outubro. Foi por isso que, em julho deste ano,
revimos o Programa Nacional de Coesão Territorial, fazendo aprovar o Plano de Valorização do Interior. Foi por
isso também que elevámos à categoria de Secretário de Estado o responsável pela valorização do interior,
porque isso representa a aposta política do Governo na importância desta situação.
Aplausos do PS.
O Sr. Deputado perguntou pelos resultados destas ações. Dir-lhe-ei que a questão do desenvolvimento
territorial completo do nosso País é uma questão de logo prazo, é uma questão que tem de ultrapassar o
compromisso de apenas um Governo para se projetar nas próximas décadas.
Temos um movimento de décadas de abandono do território. Temos também, como o Sr. Deputado referiu,
tempo de melhorias e de investimento em infraestruturas, mas agora é o tempo de prosseguirmos, a longo prazo,
numa estratégia de valorização.
Sr. Deputado, perguntou por resultados. Queremos, desde logo, reabrir tribunais que foram encerrados; atrair
150 médicos, através de contratos específicos para zonas de maior dificuldade; criar novos centros de saúde…
O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, também já ultrapassou o seu tempo, pelo que começará a descontar no
restante tempo de que dispõe.
O Sr. Ministro Adjunto e da Economia: — Além disso, as áreas de localização empresarial começaram
agora um programa de ligação às grandes infraestruturas de transportes. E, em relação aos centros
tecnológicos, Srs. Deputados, dos 20 laboratórios colaborativos, oito instalam-se no interior, valorizando os
recursos endógenos do nosso território.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma réplica, o Sr. Deputado António Costa Silva.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, os resultados que apresenta são, de facto,
poucochinho.
Este Governo apresenta um conjunto de medidas que, de certa forma, são paliativas. Não conhecemos
políticas estruturais, políticas de fundo. Aliás, de certa forma, as políticas do Governo são contraditórias. E dou-
lhe alguns exemplos, Sr. Ministro: substituição de comboios intercidades por regionais no interior, como
acontece por exemplo, no Alentejo; estações e linhas encerradas;…
Protestos do PS.
… cancelamento em 2016, já com este Governo, do Programa Nacional de Barragens; uma situação
calamitosa em relação ao transporte de doentes, sobretudo no interior; encerramento de 70 balcões da Caixa
Geral de Depósitos; encerramento de postos dos CTT, sobretudo no interior — diz o Bloco de Esquerda que é
uma razia!; politécnicos no interior com menos estudantes.
Sr. Ministro, esperamos que nos dê uma resposta efetiva sobre estas questões em concreto e que esclareça
se elas não são contrárias àquilo que o Sr. Ministro nos apresentou ainda há pouco.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Ministro Adjunto e da Economia.