26 DE JANEIRO DE 2019
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seguintes para as despesas que tem de assumir quando há um bebé novo numa família, ou receber os
retroativos quando a criança já tem dentes.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, pergunto: quando é que a segurança social vai começar a pagar o que esta
Assembleia decidiu?
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, o combate à pobreza infantil
foi o eixo prioritário de combate à pobreza definido pelo Governo e que temos prosseguido com diversas
medidas, designadamente com um investimento muito significativo na melhoria do abono de família.
Neste momento, a situação que temos é uma situação de tramitação administrativa, que vai permitir a
liquidação, durante o mês de fevereiro, do novo abono de família e o seu pagamento em março, com efeitos
retroativos a janeiro.
Portanto, salvo uma grande precocidade no crescimento da criança, a mãe receberá o abono de família ainda
antes de a criança ter dentes.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Ainda no uso da palavra, está o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: Ainda bem. Veremos.
Por último, Sr. Primeiro-Ministro, os recentes acontecimentos ocorridos em Vale de Chícharos, também
designado «bairro da Jamaica», suscitam, naturalmente, as nossas preocupações.
O PCP não alimentará correntes de generalização que aproveitam ações e comportamentos individuais para
promover sentimentos racistas e xenófobos contra comunidades de cidadãos cujos direitos devem ser
respeitados sem discriminações e que precisam de resposta aos seus problemas laborais e sociais, incluindo
de habitação, como está a acontecer com o início do realojamento de cerca de 200 moradores, já colocados nas
suas casas.
Recusamos igualmente alimentar outras correntes de generalização que aproveitam situações de uso da
força por parte das forças de segurança para lançar sobre todos os profissionais das forças de segurança rótulos
injustos e que a generalidade destes profissionais não merece.
A denúncia de violência policial deve ser cabalmente investigada, situações de violência arbitrária ou
injustificada e outras práticas inaceitáveis devem ser prevenidas, combatidas e eliminadas, mas não devem ser
instrumentalizadas.
As forças de segurança têm um papel insubstituível na garantia da segurança e da tranquilidade das
populações e das condições de exercício dos direitos pelos cidadãos e dos direitos dos trabalhadores.
É esse o papel que as forças de segurança devem cumprir e, para isso, é também necessário que as
condições de trabalho desses profissionais sejam valorizadas.
Discutimos, na semana passada, uma proposta do PCP que dava resposta a um conjunto de graves
problemas de saúde e segurança no trabalho que atinge os profissionais das forças e serviços de segurança,
incluindo até o flagelo dos suicídios que se tem verificado.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Queira terminar.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — O PS, o PSD e o CDS votaram contra esta proposta do PCP.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não é verdade!
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) e variantes na cidade de Alverca e de Vila Franca de Xira. Estes novos acessos beneficiariam mais 100
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