O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 106

32

fortíssima que impede a esmagadora maioria das pessoas de aceder ao regime de serviços mínimos bancários,

já que, por razões de ordem vária, há, muitas vezes, necessidade de ter mais do que uma conta à ordem.

Para impulsionar o regime de serviços mínimos bancários, tornando-o mais adequado às necessidades dos

clientes bancários, é necessário remover esta restrição no acesso e é exatamente isso que faz o projeto de lei

do PCP.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os banqueiros detestam o regime de serviços mínimos bancários. Gostam

de ter as mãos totalmente livres para esbulharem, a seu bel-prazer, os clientes bancários. Adoram poder criar

comissões para tudo e mais alguma coisa e, dessa forma, multiplicar os seus lucros. Por isso, detestam todas

as iniciativas legislativas — como aquela que o PCP traz hoje a debate — que limitam as suas possibilidades

de esbulhar os clientes bancários por via da cobrança abusiva de comissões.

Mas a preocupação do PCP não é com a felicidade dos banqueiros e a multiplicação dos seus lucros. A

preocupação do PCP é com o acesso dos cidadãos, de todos os cidadãos, aos serviços bancários básicos, um

acesso que não os coloque à mercê dos abusos dos bancos.

O projeto de lei do PCP, não resolvendo todos os problemas com comissões bancárias, dá resposta ao

problema das comissões de manutenção das contas à ordem, melhorando substancialmente um regime ao qual

os clientes bancários podem recorrer para se protegerem dos abusos dos bancos e dos banqueiros.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Hoje, iremos votar o projeto de lei do PCP sobre os serviços mínimos

bancários. Nessa votação, pode-se estar do lado dos clientes bancários, protegendo-os dos abusos da banca,

ou pode-se estar do lado dos banqueiros, deixando-lhes as mãos livres para continuarem a esbulhar os seus

clientes. Da nossa parte, não temos dúvidas, estamos do lado dos clientes, mas de que lado se colocará o PS?!

Vai juntar-se novamente ao PSD e ao CDS para amparar os banqueiros ou vai optar por estar no sítio certo, ao

lado do PCP, em defesa dos cidadãos e do seu direito de acesso aos serviços bancários básicos?!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem, agora, a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada

Cecília Meireles, do CDS-PP.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queria começar por

cumprimentar os peticionários e a DECO. Esta petição, que recolheu largas assinaturas, tem a ver com um

problema que, creio, não passa ao lado de nenhum português e que tem a ver com o facto de a banca, os

bancos, cada vez mais, neste momento em que as taxas de juro estão particularmente baixas, utilizar como

principal ou uma das principais fontes de receita do seu negócio não os empréstimos, não os juros que cobra

pelos empréstimos, mas, sim, as comissões que cobra pelos mais diversos e variados serviços, alguns deles, é

bom que se diga, serviços meramente imaginários.

Aquilo que esta petição pretende é que, legislativamente, seja dito qual o significado do conceito de «serviço

efetivamente prestado», que, aliás, resultou de legislação também proposta pelo CDS na passada Legislatura,

para tentar disciplinar as comissões e para que não fossem cobradas comissões completamente abusivas. A

verdade, reconhecemo-lo, é que esta legislação não teve o efeito esperado, porque, por um lado, o Banco de

Portugal, pura e simplesmente, não supervisiona os bancos nesta matéria, limita-se a compilar informação e,

por outro, continuam a ser cobradas comissões que não têm nenhuma razão de ser.

No estudo desta petição, também nos foi dito que, legislativamente, a melhor solução não passaria por dizer

o que era o serviço efetivamente prestado, mas, sim, por disciplinar algumas comissões. Desse ponto de vista,

merece o nosso acordo a ideia de que as comissões pelo pagamento de prestações não têm sentido. Salientaria

que isto é verdade não apenas no crédito ao consumo ou no crédito à habitação, mas, do nosso ponto de vista,

em qualquer crédito. Se a pessoa tem a obrigação de pagar ao banco todos os meses, que sentido tem o banco

andar a cobrar-lhe comissões por essa obrigação? É que, se não pagar, o banco vai atrás dela executá-la! Pelo

menos, se não tiver uma grande dívida, pelo que se vê de algumas práticas.

Risos da Deputada do CDS-PP Vânia Dias da Silva.

Páginas Relacionadas
Página 0041:
6 DE JULHO DE 2019 41 Pausa. Srs. Deputados, o quadro eletrónico regis
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 106 42 Recebeu o Prémio Universidade de Coimbra e as
Pág.Página 42
Página 0043:
6 DE JULHO DE 2019 43 depositando o controlo e a organização dos fenómenos migratór
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 106 44 Visto da Mesa, é impressionante o número de c
Pág.Página 44
Página 0045:
6 DE JULHO DE 2019 45 Vamos prosseguir com a votação, na generalidade, do Projeto d
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 106 46 O projeto de resolução baixa à 9.ª Com
Pág.Página 46
Página 0047:
6 DE JULHO DE 2019 47 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para que efeito Sr.
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 106 48 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — De s
Pág.Página 48
Página 0049:
6 DE JULHO DE 2019 49 O Sr. Deputado Nuno Magalhães também pede a palavra. É para o
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 106 50 Submetida à votação, foi aprovada, com
Pág.Página 50
Página 0051:
6 DE JULHO DE 2019 51 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Fica registado, Sr. Deputad
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 106 52 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para
Pág.Página 52
Página 0053:
6 DE JULHO DE 2019 53 Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD,
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 106 54 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Vamos, entã
Pág.Página 54
Página 0055:
6 DE JULHO DE 2019 55 Votamos agora, na generalidade, o Projeto de Resolução n.º 14
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 106 56 Votamos agora o Projeto de Resolução n.º 1853
Pág.Página 56
Página 0057:
6 DE JULHO DE 2019 57 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Fica registado, Sr.ª
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 106 58 Vamos votar o Projeto de Resolução n.º
Pág.Página 58
Página 0059:
6 DE JULHO DE 2019 59 Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD,
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 106 60 Submetido à votação, foi aprovado, com
Pág.Página 60
Página 0061:
6 DE JULHO DE 2019 61 Passamos à votação, na generalidade, do Projeto de Resolução
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 106 62 Vamos proceder à votação, na generalid
Pág.Página 62
Página 0063:
6 DE JULHO DE 2019 63 A Sr.ª Maria da Luz Rosinha (PS): — Peço a palavra, Sr. Presi
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 106 64 Submetido à votação, foi rejeitado, com votos
Pág.Página 64
Página 0065:
6 DE JULHO DE 2019 65 Vamos, pois, votar o Projeto de Resolução n.º 2131/XIII/4.ª (
Pág.Página 65
Página 0066:
I SÉRIE — NÚMERO 106 66 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. P
Pág.Página 66
Página 0067:
6 DE JULHO DE 2019 67 Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.
Pág.Página 67
Página 0068:
I SÉRIE — NÚMERO 106 68 de Resolução n.os 2155/XIII/4.ª (PAN) — Recom
Pág.Página 68
Página 0069:
6 DE JULHO DE 2019 69 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, é pa
Pág.Página 69
Página 0070:
I SÉRIE — NÚMERO 106 70 O Governo, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PAN
Pág.Página 70
Página 0071:
6 DE JULHO DE 2019 71 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, é pa
Pág.Página 71
Página 0072:
I SÉRIE — NÚMERO 106 72 Vamos votar, na especialidade, as propostas,
Pág.Página 72
Página 0073:
6 DE JULHO DE 2019 73 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, passamos ag
Pág.Página 73
Página 0074:
I SÉRIE — NÚMERO 106 74 A Lei de Bases da Habitação não vai dar casa
Pág.Página 74
Página 0075:
6 DE JULHO DE 2019 75 Temos aqui, Sr.as e Srs. Deputados, uma boa Lei de Bases, his
Pág.Página 75
Página 0076:
I SÉRIE — NÚMERO 106 76 utilização do património público para a habit
Pág.Página 76
Página 0077:
6 DE JULHO DE 2019 77 Foi para responder a essa realidade e defendendo que o Estado
Pág.Página 77
Página 0078:
I SÉRIE — NÚMERO 106 78 Aplausos do CDS-PP. O Sr.
Pág.Página 78
Página 0079:
6 DE JULHO DE 2019 79 Aplausos de Deputados do PS. Hoje, estabe
Pág.Página 79
Página 0080:
I SÉRIE — NÚMERO 106 80 Para o Grupo Parlamentar do Partido Social De
Pág.Página 80
Página 0081:
6 DE JULHO DE 2019 81 que respondem melhor aos problemas da sociedade, e no caso co
Pág.Página 81
Página 0082:
I SÉRIE — NÚMERO 106 82 A proposta do Bloco de Esquerda era a única a
Pág.Página 82
Página 0083:
6 DE JULHO DE 2019 83 Este Programa deve incidir sobre a mobilidade e os transporte
Pág.Página 83
Página 0084:
I SÉRIE — NÚMERO 106 84 Nova maternidade em Coimbra. Trata-se
Pág.Página 84
Página 0085:
6 DE JULHO DE 2019 85 Assembleia da República, 05 de julho de 2019. <
Pág.Página 85
Página 0086:
I SÉRIE — NÚMERO 106 86 O GPPS tem acompanhado atentamente e com preo
Pág.Página 86
Página 0087:
6 DE JULHO DE 2019 87 - A disponibilização de linhas de apoio à manutenção e conser
Pág.Página 87
Página 0088:
I SÉRIE — NÚMERO 106 88 20 — Pelos motivos expostos, votamos a favor
Pág.Página 88
Página 0089:
6 DE JULHO DE 2019 89 Esta incapacidade de tradução territorial de políticas e prog
Pág.Página 89
Página 0090:
I SÉRIE — NÚMERO 106 90 interna do Programa e as que, visando exclusi
Pág.Página 90