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I SÉRIE — NÚMERO 4

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futuro — é a solução da utilização em rede dos aeroportos nacionais, utilizando de forma devida a capacidade

atual do Aeroporto de Beja, que tem muito para dar à economia nacional e ao desenvolvimento regional.

Portugal não pode ficar sem um aeroporto internacional para a Área Metropolitana de Lisboa e isso exige, de

facto, medidas de visão estratégica para o futuro e implica, necessariamente, a construção faseada, com

capacidade de expansão e de desenvolvimento, na zona do atual Campo de Tiro de Alcochete.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Agora, sim, tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado

Carlos Silva, do PSD.

O Sr. CarlosSilva (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Governo socialista, de forma

desajeitada, diria mesmo trapalhona e a «empurrar com a barriga», ao mesmo tempo populista e eleitoralista,

lança projetos que não saem do papel, mas que, com a sua indefinição, causam prejuízos que afetam

severamente o interesse nacional.

Para o Partido Socialista, o que importa é criar a ideia de que, mais dia, menos dia, as obras se vão efetuar,

mas também a de que, se não se efetuarem, não é por sua irresponsabilidade. O problema até pode ser das

aves, dos ambientalistas e, quiçá, até da própria oposição.

Certo é que gastam milhões de euros do erário público em estudos, acabando esses projetos de investimento

sem qualquer retorno para os portugueses. São obras inúteis, mal projetadas e sem qualquer estratégia de

desenvolvimento.

Como exemplo disso, para além deste aeroporto do Montijo, temos o setor da ferrovia, cujos comboios caem

aos bocados, enquanto o Ministro vem dizer que, investimento na ferrovia, agora é que é!

Também vai ser assim com a linha circular do metro em Lisboa. Um projeto faraónico que, depois de

enterrarem 260 milhões de euros num buraco de 1700 m, o mais caro do mundo, não passará de um carrossel

para turistas!

Mas, Sr. Deputado, existem algumas perguntas a que o Governo deve resposta e às quais, passadas

dezenas de debates e perguntas regimentais dos partidos, o Governo nunca responde. Na nossa ótica, a

resposta a estas questões dará a noção da dimensão e do interesse público deste investimento e se faz algum

sentido, ou não, a sua execução.

Por isso, gostaríamos de saber a opinião do PCP.

Sr. Deputado, deverá o novo aeroporto ser o hub do transporte aéreo nacional ou apenas mais um aeroporto?

Deve, no futuro, substituir o Aeroporto da Portela, que será desativado, ou devem ser mantidos os dois em

simultâneo? Nos acessos ao aeroporto, deve ser privilegiado o transporte público ou dever-se-á manter o acesso

através do transporte individual e apenas rodoviário? Deverá o futuro aeroporto servir como plataforma giratória

intermodal entre vários tipos de transportes — aéreo, marítimo e ferroviário — ou, simplesmente, deixar cada

modo de transporte na sua quinta, não se interligando?

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.

O Sr. CarlosSilva (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Deverá ainda ser efetuada, ou não, uma aposta séria no transporte de mercadorias? Ou não valerá a pena

olhar para essa dimensão?

Sr.as e Srs. Deputados, o Governo, para além de não ter projeto, de não ter obra, «empurrou com a barriga»

e acontece que não tem sequer definido um conceito.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. CarlosSilva (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Por isso, consideramos que foram quatro anos perdidos em matéria tão importante quanto a do sistema

aeroportuário português.

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