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I SÉRIE — NÚMERO 16

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que é que se vê? O que se vê é o número de reclamações dos cidadãos a disparar no Portal da Queixa; o que

se vê são estações de metro cheias de pessoas que não conseguem entrar nas carruagens a abarrotar; o que

se vê são autocarros atrasados e sobrelotados e que, por isso mesmo, não param nas paragens; o que se vê

são pessoas insatisfeitas com os comboios e as obras na ferrovia atrasadas, apesar dos anúncios mensais do

PS; o que se vê são os cidadãos de Moncorvo, Monforte ou Monchique a pagarem 90 cêntimos de imposto por

litro de combustível para que o Governo possa oferecer transportes baratos aos cidadãos das áreas

metropolitanas, onde está 85% do orçamento do PART e, não por coincidência, grande parte dos votos.

Infelizmente, o que não se vê é o Governo a mexer para mudar isto.

Nós, na Iniciativa Liberal, concordamos com a promoção dos transportes coletivos, que podem perfeitamente

ser prestados por privados, como acontece por essa Europa fora, e mesmo em Portugal e em alguns sítios com

sucesso.

A Iniciativa Liberal cá estará para colocar sempre os cidadãos em primeiro lugar e expor a propaganda

socialista.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, em nome do Grupo

Parlamentar do Partido Socialista, o Sr. Deputado André Pinotes Batista.

O Sr. André Pinotes Batista (PS): — Sr. Presidente, Caros Colegas: Começava por dizer ao Sr. Deputado

Cotrim de Figueiredo que não o tinha como um utilizador tão fidedigno dos transportes públicos, mas ficamos a

saber que a Iniciativa Liberal está preocupada com a muita ação que o Governo tem tido. Aliás, permita-me que

lhe diga o seguinte, Sr. Deputado: fazemos muitas elencagens sobre preocupações climáticas, mas o que

sabemos hoje é que se o dióxido de carbono, à escala global, é a exaltação de uma sociedade que decidiu

evoluir sem critério, de forma capitalista e ultraliberal — talvez aquela que o apaixona —, a verdade é que

Portugal representa, nesta metáfora, o oxigénio de quem teve a coragem de agir, o oxigénio de quem teve a

coragem de ser um sorvedor e que foi a primeira nação, a nação-ação, aquela que assumiu, em primeiro lugar,

no mundo, que seria neutra do ponto de vista carbónico.

Aplausos do PS.

Mas vamos falar sobre transportes, porque o Sr. Deputado referiu umas realidades que, manifestamente,

não conhece, o que, aliás, à direita, tem sido bastante comum.

O setor dos transportes representa 24% das emissões de gases com efeito de estufa. Foi por isto que a

esquerda agiu, na altura em que tinha de agir, do lado daquele que era o acesso universal aos transportes, de

forma a poder reduzir o transporte individual, coisa que, aliás, nos vários projetos que estão em apreciação

regista alguns desvios, da parte de quem fala em ambiente à sexta-feira, mas, depois, durante o resto do mês,

vem estimular o transporte individual.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. André Pinotes Batista (PS): — Mas permitam-me que vos diga também que falamos hoje, aqui, sobre

o PART, sabendo que esta medida está em vigor há nove meses. E sabemos mais, Srs. Deputados, sabemos

que esta medida terá uma avaliação anual por parte do IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes). Portanto,

o debate que todos convocaram, da esquerda à direita, é precipitado, porque podíamos ter esperado mais três

meses e discutiríamos aquilo que é necessário, com dados.

Mas o Partido Socialista apresenta-se, sem problema, para fazer o debate. E, quanto ao sucesso desta

medida, estamos conversados, em duas dimensões: são 2 áreas metropolitanas e 21 CIM (comunidades

intermunicipais). Nós também queremos ir mais longe, mas dizemos «não» a quem entrou hoje na viagem e

vem pedir mais ambição, como é o caso do PSD, que, ao contrário do que o Sr. Deputado Carlos Peixoto, há

pouco, teve oportunidade de dizer, não concordou nada com esta medida, votou contra, Sr. Deputado.

Aplausos do PS.

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