O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 51

10

Muitos apontam o dedo à burocracia, mas esses são os mesmos que, há mês e meio, também diziam que

estávamos atrasados na aquisição de material e que agora põem em causa que se proceda à aquisição de

material por ajuste direto, que nos devíamos meter na burocracia dos concursos públicos.

Aplausos do PS.

E são seguramente os mesmos que, daqui a uns meses, vão estar a apontar o dedo aos autarcas porque

fizeram hospitais de campanha que depois não vieram a ser necessários,…

Aplausos do PS.

… ou que até nos vão perguntar porque é que andámos a comprar milhares de ventiladores quando nunca

houve mais de 300 pessoas ligadas a ventiladores por causa da COVID-19.

Aplausos do PS.

Portanto, vamos lá ver o seguinte: eu acho que já estamos há anos suficientes na política para não termos

ilusões sobre qual é o ritmo da política. No princípio, tudo é de menos; depois, tudo foi em excesso. Ora, aquilo

que devemos continuar a ter como guia da nossa opção política é não nos deixarmos condicionar pelo mood do

momento e fazer, em cada momento, aquilo que racionalmente é essencial fazer,…

Aplausos do PS.

… tendo sempre presente que esta não é uma corrida de 100 m; esta é uma longa maratona de fim incerto

quanto ao termo, porque não sabemos quando é que vai ser descoberto um tratamento eficaz ou quando é que

vai ser disponibilizada uma vacina efetiva e até lá temos de estar prontos para esta luta.

Por isso, aquilo que temos de continuar a fazer é, no plano do diálogo democrático, que é fundamental, dotar

o Serviço Nacional de Saúde dos instrumentos necessários para poder responder não só à crise que vivemos

mas ao risco da crise que podemos continuar a viver, e continuar a criar as melhores condições para as

empresas poderem sobreviver e chegarem ao lado de lá deste túnel, preservando o maior número possível de

postos de trabalho e com a menor possível perda de rendimentos por parte de quem trabalha.

Se conseguirmos fazer este trajeto desta forma, seguramente, chegaremos ao lado de lá do túnel em

melhores condições para a retoma e para o relançamento da nossa economia.

Temos um quadro fundamental no qual devemos assentar a nossa confiança: qual era o Estado da nossa

economia em fevereiro deste ano? Qual era o estado da nossa economia dois dias antes de ter sido

diagnosticado o primeiro caso de COVID-19 em Portugal? Tínhamos alcançado a mais baixa taxa de

desemprego de há muito, as nossas exportações estavam a crescer, o nosso crescimento económico estava a

acelerar, tínhamos acabado de ter um saldo orçamental positivo, pela primeira vez na nossa democracia, nas

contas de 2019 e iríamos ter também, seguramente, em 2020.

Nada dos fundamentais da nossa economia se alterou, mas há um choque conjuntural absolutamente brutal,

que determinou uma queda abrupta da nossa atividade económica, e o que temos de fazer é uma espécie de

congelamento da situação à data de fevereiro para podermos começar a descongelar no momento em que a

pandemia estiver devidamente controlada, por forma a que possamos retomar gradual e progressivamente, e

sempre com segurança, a nossa atividade.

Temos boas razões para acreditar que o esforço e as boas políticas que iniciámos em 2015 e que tão bons

resultados deram até fevereiro de 2020 voltarão a dar bons resultados uma vez virada esta página da pandemia.

Aquilo em que temos de nos concentrar é no seguinte: continuar a controlar a pandemia para poder relançar

a nossa vida em sociedade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 51 12 5000, 6000, 7000, 8000, 9000, eventualmente, 1
Pág.Página 12
Página 0013:
8 DE MAIO DE 2020 13 Chamo a atenção para que, relativamente a esse c
Pág.Página 13