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4 DE JUNHO DE 2020

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Nós não vivemos sozinhos, esta não é uma crise nacional, é uma crise, infelizmente, global e a existência

das propostas da Comissão Europeia são da maior importância a vários títulos.

Em primeiro lugar, porque, pela primeira vez, rompe o mito de que não é possível a União endividar-se

coletivamente para reforçar os seus recursos próprios. Este é um passo da maior importância.

Aplausos do PS.

Em segundo lugar, porque responde àquilo que é necessário. Temos de responder a esta crise de uma forma

extraordinária, à dimensão da excecionalidade que esta crise constitui.

Em terceiro lugar, deve assentar em programas de recuperação desenhados por cada país, de acordo com

os objetivos comuns que temos: assegurar a transição digital e climática; assegurar a autonomia estratégica da

Europa, designadamente no reforço da sua capacidade industrial e na valorização dos seus recursos. Neste

aspeto, Portugal tem uma oportunidade histórica da maior importância, que é a de poder reposicionar-se nesta

nova estratégia de autonomia da União Europeia, afirmando uma nova centralidade nas novas cadeias de valor

à escala europeia.

Aplausos do PS.

Esses são os desafios que temos pela frente e são os desafios que também vamos ter de vencer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Grupo Parlamentar do PS, agora pela voz da Sr.ª

Deputada Joana Sá Pereira.

A Sr.ª Joana Sá Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr.

Primeiro-Ministro, estes tempos desafiantes colocam à prova a capacidade do Estado em responder de forma

robusta às exigências do nosso povo.

Se, hoje, estamos aqui a debater as diferentes dimensões da resposta pública, da saúde à educação, do

emprego à economia, é porque, ao longo dos anos, soubemos ir construindo um Estado social forte. Bem

sabemos que, no passado, muitos viam no seu desmantelamento a receita para o sucesso, mas o Partido

Socialista não deixa que nenhum cidadão não se possa emancipar. Muitos duvidavam, mas estamos todos,

cidadãos, empresas, famílias, órgãos de soberania, a conseguir.

O desafio é, agora, por isso, desenhar uma geração de políticas para estabilizar a nossa economia e para

continuar o desenvolvimento de uma sociedade justa e com iguais oportunidades.

Confiamos que não voltaremos a anos de má memória para todos, em particular para os jovens portugueses.

O nosso Governo não nos forçará a um processo de destruição de sonhos e de projetos, criando todas as

condições para que qualquer jovem tenha a oportunidade de implicar a sua energia transformadora no seu País.

Se não tivéssemos, ao longo dos últimos anos, feito uma volta atrás no caminho de total precarização dos

trabalhadores portugueses, incentivando políticas de estabilidade laboral, designadamente para os mais jovens,

muito provavelmente não teríamos hoje as mesmas perspetivas positivas.

Aplausos do PS.

Deixe-me que lhe diga, Sr. Primeiro-Ministro, que tinha toda a razão: a luz já começa a ver-se,…

Risos do CH.

… mas é, diria, ainda incerta e trémula para muitos portugueses. No entanto, não faremos certamente como

outros: apagar a luz ao fundo do túnel só para poder poupar.

Vozes do PS: — Muito bem!

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