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17 DE DEZEMBRO DE 2020

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paga e manda — nem sequer podem conhecer os detalhes e aquilo que vai ser objeto de negociação em

Bruxelas. É à boa maneira do Partido Socialista!

Sr. Deputado Bruno Dias, como é que se defende a TAP? Olhe, defende-se da seguinte maneira: tornando-

a numa empresa que não dê prejuízo todos os anos, ao ponto de ser inútil para os contribuintes e de estes a

encararem como um fardo e um sorvedouro de dinheiros públicos. É assim que se defende a TAP, Sr.

Deputado. E isso impõe um plano que seja sério, credível e que tenha a capacidade de resgatar a TAP desta

situação que enfrenta.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Vamos prosseguir com os pedidos de esclarecimento. Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Carlos Pereira, do PS.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Cristóvão Norte, antes de mais, obrigado por trazer a debate um tema tão relevante e que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista tem muito gosto em

discutir.

Gostaria de começar por dizer o seguinte: tantas palavras escritas num papel e lidas durante longos

minutos, tanto «esbracejamento» sobre o tema e estamos exatamente na mesma como estávamos ontem,

como estávamos há uma semana, como estávamos há nove semanas, como estávamos há nove meses!

Sejamos francos, Sr. Deputado Cristóvão Norte: os senhores não têm a mínima ideia sobre um plano

alternativo para a TAP e limitaram-se, ao longo de todo este tempo, a discutir o plano do Partido Socialista. É

isso que os senhores fazem, é isso que toda a direita faz.

Mas, mais importante, é o seguinte: ou os senhores têm medo de tentar dizer aos portugueses o que

querem — isto é, se querem fechar a TAP definitivamente e colocar em causa aquilo que é absolutamente

relevante, como seja a continuidade territorial, ou as nossas comunidades, ou o contributo para a economia, o

que tem sido amplamente divulgado, mas que os senhores desvalorizam sistematicamente — ou, afinal, do

que os senhores têm medo é que o plano do Partido Socialista, o plano do Governo acabe por dar certo,

acabe por resultar e ser isso que o País, a TAP tem de fazer. Sr. Deputado, parece-me que é mais disto que

os senhores estão com medo.

Aplausos do PS.

Mas, mais uma coisa — é importante que isto fique claro: o Sr. Deputado, bem como o Sr. Deputado João

Gonçalves Pereira, falou do Sr. Neeleman. Sr. Deputado, quem colocou o Sr. Neeleman na companhia foram

os senhores! Foi o PSD e o CDS!

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — E quem é que deu agora o cheque?

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Mas o Sr. Deputado também falou, bem como o Sr. Deputado João Gonçalves Pereira, de uns tais 50 milhões de euros que tiveram de ser pagos. Sr. Deputado, vamos ser claros:

é verdade que o Partido Socialista e o Governo conseguiram transformar uma fatura que era de 300 milhões

de euros em apenas 50 milhões de euros, porque os senhores meteram na companhia um senhor que tinha

225 milhões de euros de suprimentos e mais 90 milhões de euros de obrigações. É verdade, não precisam de

agradecer. Mas nós não nos vamos esquecer da responsabilidade que os senhores tiveram ao terem feito

uma privatização da companhia de forma absolutamente mal feita, a mata-cavalos, como já referi, e na

vigésima quinta hora. Ninguém se pode esquecer disso! O Partido Socialista não se vai esquecer!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.

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