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I SÉRIE — NÚMERO 13

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Desse ponto de vista, consideramos absolutamente fundamental utilizar a política comercial, em primeiro

lugar, para reforçar o relacionamento transatlântico.

Foi importante ter sido possível realizar, com a nova administração Biden, a primeira reunião do Conselho

de Comércio e Tecnologia UE-EUA (CCT) e haver um esforço de cooperação conjunto entre a Europa e os

Estados Unidos para recuperar o atraso tecnológico que durante os últimos séculos mantivemos e que nas

últimas décadas temos vindo a perder.

Mas há mais relações transatlânticas do que as relações com os Estados Unidos e com o Canadá. É por isso

absolutamente essencial que possamos concluir a modernização do acordo comercial com o México, avançar

na conclusão do acordo comercial com o Chile e, sobretudo, não perder mais tempo no acordo comercial entre

a União Europeia e o Mercosul, que é o acordo económico de maior importância que podemos estabelecer.

Aplausos do PS.

Por outro lado, é necessário aproveitar o impulso que a Presidência portuguesa deu para diversificar a nossa

posição na região do indo-pacífico.

A reabertura das negociações do acordo de comércio e do acordo de investimento com a Índia é uma

oportunidade que não pode ser desperdiçada, a conclusão do acordo comercial com a Nova Zelândia não deve

ser adiada e as negociações do acordo comercial com a Austrália não devem ser contaminadas por conflitos

bilaterais, que, devendo naturalmente merecer total solidariedade com os nossos parceiros europeus afetados,

não podem desvalorizar a importância de termos aí uma posição capital. Se não tivermos, ficaremos

simplesmente ciumentos da relação que os Estados Unidos hoje dão à região do indo-pacífico e amedrontados

com o peso crescente da China nessa região. A Europa não tem de ser ciumenta, a Europa não tem de se

amedrontar, a Europa tem de se afirmar também na região do indo-pacífico e tem caminho para o poder fazer.

Aplausos do PS.

O segundo tema central no debate deste Conselho Europeu e da maior atualidade tem que ver com o

aumento exponencial do preço da energia.

O estudo que a Comissão Europeia apresentou dá, desde logo, um dado fundamental: não é o esforço da

transição climática que está a contribuir para o aumento dos preços dos combustíveis. O preço do gás natural

está a aumentar nove vezes mais do que o aumento da taxa de carbono.

Aquilo que é fundamental fazermos para responder a este aumento dos preços é acelerarmos a transição

energética, de forma a podermos ter energia limpa, segura e que possa assegurar melhores preços ao

consumidor.

Aplausos do PS.

Bom exemplo de que é esta a estratégia correta é se compararmos o que está a acontecer com o preço dos

combustíveis fósseis e o que a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) anunciou na sexta-feira

passada para o preço da eletricidade a praticar no próximo ano, tendo em conta o esforço de investimento que,

nas últimas décadas, Portugal fez para podermos hoje ter uma quota de 60% da eletricidade que consumimos

com origem renovável.

O preço da eletricidade para as famílias vai baixar 3,4% e o custo do acesso às redes a pagar pelas indústrias

irá baixar 94%, o que demonstra bem que quem investiu a tempo em indústrias renováveis está hoje a poder

colher os frutos desta baixa de preços.

Aplausos do PS.

Significa isto que responder à emergência da situação dos preços não nos pode desviar da trajetória correta.

Isso quer dizer que temos de aumentar as interligações no mercado europeu para termos um verdadeiro

mercado europeu integrado e interligado. Em segundo lugar, temos de aumentar as interconexões com países

terceiros que podem ser também fonte de energia limpa — caso exemplar de Marrocos. Em terceiro lugar,

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