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7 DE JANEIRO DE 2022

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No entanto, agora, vêm aqui, a vinte e poucos dias das eleições, dizer: «Faltam professores, faltam

professores!» Se o País não risse lá fora, certamente acharia graça a esta trágico-comédia de casamento entre

o Partido Socialista e os seus aliados da extrema-esquerda.

Agora, a esquerda quer fugir às suas responsabilidades, mas tenho uma má notícia para vocês: faltam muito

poucos dias para as eleições e o País, o povo português não se vai esquecer daquilo que foram seis anos de

governação à esquerda, com deterioração do Serviço Nacional de Saúde, com destruição do emprego e da

economia, com muitos homens e mulheres deste País, à frente de restaurantes, bares e discotecas, que hoje

sabem que vão ter de estar fechados durante mais duas semanas, sem quaisquer apoios, com seis Orçamentos

do Estado aprovados por vocês.

Eis o País que deixamos à beira de eleições! Um País com uma esquerda a querer fugir das suas

responsabilidades, mas a dizer sempre que está disposta a fazer um novo acordo, logo que venham as eleições.

O poder, sempre o poder! O cheiro a poder é demasiado grande para que percebam que é ao País que devemos

a primeira responsabilidade e é aos portugueses que devemos a maior lealdade.

Mas à direita cabe um grande desafio nestas eleições. A direita não pode voltar a ser a direita de cortar

pensões a quem menos tem. A direita não pode ser a direita de cortar salários, nem a de cortar nos serviços

fundamentais do Estado. Tem de ser a direita de descer impostos, a direita capaz de fazer verdadeiramente

uma rutura no sistema político em Portugal e de ter a coragem de, pela primeira vez, dizer aos portugueses que

vai fazer uma coisa: acabar com metade dos cargos políticos em Portugal. É para isso que esta direita, forte e

maioritária, pode concorrer.

Os portugueses gastam, por ano, um valor muito acima do registado na OCDE em cargos políticos. O debate

que se quer fazer sobre a regionalização vai pôr-nos a pagar ainda mais cargos políticos, neste País. No tal País

que tem 27 000 membros de freguesia, 6000 deputados municipais e mais de 2000 vereadores, querem agora

que haja deputados regionais, governos regionais e coisas parecidas.

Meus amigos, o tempo não é o de dar dinheiro aos políticos. O tempo é o de dar dinheiro aos portugueses,

o tempo é o de dar dinheiro à classe média que está depauperada por esta pandemia, o tempo é o de devolver

dinheiro aos setores que foram afetados por esta pandemia, àqueles idosos que escolhem entre comida na

mesa e medicamentos pagos ao final do dia, aos restaurantes que não têm dinheiro para pagar aos funcionários,

aos pensionistas que não conseguem sobreviver ao fim do dia, aos agricultores que o PCP ignorou e esqueceu

no Alentejo e no Algarve. Para todos esses é agora a direita que tem de ser a voz da esperança nessa

reconstrução.

Não basta sondagens elevadas e valores a caminhar para o poder. O nosso compromisso tem de ser com

os portugueses. E nesta última reunião, temos o dever de dizer que uma maioria de direita não serve por ser

maioria de direita. As palavras não trazem comida para a mesa, nem medicamentos para os portugueses.

A maioria de direita tem de ser para fazer, de uma vez por todas, as reformas de que Portugal precisa. Nos

últimos anos de governo de António Costa, fomos ultrapassados pelo Lichtenstein, pela República Checa e por

países que ainda há alguns anos nem linha de comboio tinham. O que é que a direita tem a dizer sobre isto?

Que País temos para prometer àqueles que votaram em nós e que querem uma voz de esperança? É o mesmo

de sempre, ou é um caminho diferente?

Da nossa parte, isso é muito claro: a rutura é para ser feita agora. Colocaram-nos a possibilidade de o

fazermos pela primeira vez na História. Por isso, ou agarramos essa oportunidade ou — vergonha de nós! —

deixaremos o poder na mão da esquerda e da extrema-esquerda durante muito mais anos. E os portugueses

não nos perdoarão por isso.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O polícia mais aldrabão do País é o chefe de gabinete do Chega!

Protestos doCH.

O Sr. Presidente: — Peço ao Sr. Deputado André Ventura, que já terminou a sua intervenção, que se cale. Vamos, agora, entrar no segundo ponto da ordem do dia, que consta de um debate político com a Ministra

do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, requerido pelo PCP.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Diana Ferreira.

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