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23 DE ABRIL DE 2022

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E continua: «No que toca às empresas start-up, estas têm níveis de sobrevivência em Portugal mais baixos

que em outros países europeus — 56%, contra 69% da UE27 (…). As suas dificuldades estão em muito ligadas

com as suas fontes de financiamento (…).» Não só o Governo é atropelado pela realidade, como a intervenção

que a Sr.ª Ministra proferiu ainda há pouco é atropelada pelo próprio Programa Nacional de Reformas.

Risos do Deputado do IL Carlos Guimarães Pinto.

Ou ainda: «(…) a economia nacional continua com uma forte incidência de atividades de menor intensidade

em tecnologia e conhecimento, detetando-se uma estrutura empresarial marcada por empresas de pequena

dimensão, sem uma forte base industrial (…), fraca robustez financeira e baixa penetração dos mercados

digitais.»

Mas há mais: Portugal «em 2020 estava apenas no 17.º lugar do European Innovation Scoreboard, sendo

que a modernização da economia portuguesa e o aumento da produtividade continuam a ser travados pelo

reduzido número de investigadores e doutorados nos quadros das empresas.»

E, já agora, sobre qualificações: «O baixo nível médio de qualificações da mão-de-obra continua a inibir a

produtividade, a competitividade e o investimento.»

Vejamos a saúde, sobre a qual continuamos a ouvir, do Governo PS, a falácia do «não deixámos ninguém

para trás».

Diz o Programa: «A pandemia veio também realçar a relevância da capacidade de resposta dos serviços de

saúde para garantir o acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente perante a necessidade de conjugar a

resposta à emergência com o normal funcionamento do sistema (…).» Pois!… Ou: «(…) o sistema público ainda

revela fragilidades, sobretudo em algumas especialidades onde há maior pressão da procura.» A realidade quer

dizer-vos alguma coisa, que negam.

Mas eu gostava de acreditar que é desta, que é desta mesmo, que é desta feita, e que é mesmo verdade

esta vontade. E cito outra vez o Programa: «(…) combater os bloqueios estruturais que persistem e enfrentar os

novos desafios de natureza estrutural associados à pandemia impõem a necessidade de um novo ciclo de

políticas reformistas.»

É isto que está expresso no capítulo «Contexto macroeconómico e impacto das reformas estruturais». Aqui

está: «reformas estruturais», uma expressão que surge neste documento praticamente por consequência da

pandemia. Só mesmo uma pandemia para pôr o PS a falar em reformas estruturais!

Aplausos do IL.

E, falando em reformas estruturais, recordo-me sempre das palavras do Sr. Primeiro-Ministro, António Costa,

em abril de 2017, quando dizia: «A expressão ‘reformas estruturais’ arrepia-me. Qualquer cidadão normal fica

logo alérgico.»

Protestos de Deputados do PS.

Convém decidirem se, afinal, são precisas ou arrepiam. Ou seja, o Governo PS até pode reconhecer a

realidade, fazendo o diagnóstico, mas tem alergia à cura!

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Partido Socialista não faz ideia de como pôr Portugal a crescer.

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Ou talvez seja pior: o Partido Socialista não quer mesmo pôr Portugal a

crescer!

Aplausos do IL.

Protestos do PS.

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