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28 DE ABRIL DE 2022

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nesta Assembleia da República, ao longo desta Legislatura. O sucesso de todos e de cada um de nós, nesta

missão, será, seguramente, o melhor caminho para um Portugal mais desenvolvido, justo e solidário.

Trago ao Plenário um tema tão relevante e antigo que merecerá, estou certo, por parte dos Srs. Deputados,

todo o interesse e motivação para acompanharmos o desenvolvimento em Portugal durante os próximos anos.

Depois de décadas de planos e de promessas adiadas, Sines é, hoje, finalmente, uma certeza de

desenvolvimento industrial e logístico no nosso País. Cada vez mais — até por aquilo que, nestes dias,

acontece no leste da Europa, cada vez mais visível a todos os europeus ―, Sines assume um potencial

estratégico, ainda para mais associado ao potencial da zona económica exclusiva de Portugal, a 2.ª maior da

Europa e a 19.ª do mundo.

Com efeito, criado há 52 anos, o Gabinete da Área de Sines foi responsável pela implementação de um

complexo industrial e portuário — aproveitando as suas condições naturais e estratégicas e potenciando o seu

porto de águas profundas —, que pode receber qualquer navio do mundo, de qualquer tonelagem.

Em serviço desde 2004, embora a decisão da sua construção tenha sido iniciada em 2000, Sines possui,

além disso, um terminal de armazenamento de gás natural liquefeito (GNL) dos mais eficientes da União

Europeia.

Sines é, atualmente, um motor em crescimento da economia nacional, quer através da sua inserção

logística global, quer através da sua aposta na transição energética e na transição digital.

Precisamente sobre este último ponto, o da transição digital, esta semana, a empresa responsável pelo

desenvolvimento do hyperscale data centre SINES 4.0 iniciou a construção da primeira fase do projeto. Trata-

se de um investimento de 130 milhões de euros, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2023 e a

criação de 70 a 100 novos postos de trabalho diretos em Sines. Estima-se que, durante este ano, sejam,

igualmente, criados 400 postos de trabalho indiretos.

Este investimento é o resultado da existência de estações de amarração de cabos submarinos de

telecomunicações e de centros de processamento e armazenamento de dados, nos quais se investiram 3,5 mil

milhões de euros, sendo, ainda, criadores de postos de trabalho também noutras regiões do País.

Este valor faz parte de um pipeline de investimentos privados — em curso, confirmados e potenciais —

superiores a 17 mil milhões de euros até 2030, o equivalente a 8% do PIB (produto interno bruto) nacional de

2021.

Aplausos do PS.

Mas, também, Srs. Deputados, na componente logística, os investimentos privados na expansão do atual

terminal de contentores e num futuro segundo terminal de contentores estão estimados em 940 milhões de

euros. Os projetos empresariais de logística e de assemblagem rondarão os 800 milhões de euros e, com

ambos, haverá a criação de 800 a 900 postos de trabalho.

Os investimentos nas áreas da energia e da indústria chegarão a mais de 4 mil milhões de euros em

reforços de investimento por empresas que não estão atualmente em Sines. Por exemplo, só o projeto,

anunciado na semana passada, do MadoquaPower2X e os três investimentos privados que, neste momento,

já estão em curso somam mais de 6 mil milhões de euros.

Quanto à transição digital, com as estações de amarração de cabos que referi há pouco, temos um

investimento de 3,5 mil milhões de euros.

Toda esta dinâmica de investimento, Sr. Presidente e Srs. Deputados, ilustra como Sines se está a tornar

num hub da Europa com o mundo, o que resulta não só de capacidades naturais e de investimentos, mas

igualmente da vontade e da ação de muitos, públicos e privados, entre os quais me permito destacar o

município e o Governo, na área da internacionalização.

Assinalo, igualmente, que estão em curso projetos públicos estratégicos para aquela região, de entre os

quais quero referir e sublinhar o aumento da capacidade de ligação entre Sines e a A2, que está incluído no

PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), com um investimento de 60 milhões de euros, prevendo-se iniciar

a avaliação de impacte ambiental ainda este ano, de forma a poder lançar o concurso para a obra no terceiro

trimestre do próximo ano para poder ser concluído até ao final de 2025.

Aplausos do PS.

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