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I SÉRIE — NÚMERO 13

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Sobre a admissão nas forças de segurança, este Orçamento pouco ou nada diz. Apenas refere que será

reforçado o número de efetivos. Mas quantos? Um? Dois? Três?

Ontem, o Primeiro-Ministro já mostrou que sabe contar, pelo menos até sete, que são as páginas do seu

Orçamento onde se vendeu ao PAN — mais do que aquelas que dedicou às forças de segurança.

Aplausos do CH.

Em relação ao interior do País, de que já se falou, o quadro ainda é pior. É um quadro degradante e

preocupante, com o abandono total dos territórios, falta de meios, falta de efetivos e, em alguns casos, com as

pessoas entregues à sua sorte, às mãos de determinadas famílias. A resposta dos agentes de autoridade é

sempre a mesma: «Não podemos fazer nada. Não temos meios. Nós queremos, mas não podemos.»

Homens e mulheres sem proteção, para si e para os seus familiares. Uma patrulha para 100 km2, é esta a

realidade em Trás-os-Montes, nas Beiras, no Alentejo ou no Algarve.

Aplausos do CH.

Ainda há uns meses, em Reguengos de Monsaraz, vimos dois militares da GNR (Guarda Nacional

Republicana) sem poderem fazer nada perante desacatos, na esplanada de um café, que terminaram com um

atropelamento. Foi-lhes levantado — imagine-se! — um processo por inação. Dois militares contra uma família

de 10 ou 12.

Este é o País real, o País esquecido por António Costa.

Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Ministro da Administração Interna, perguntem a antigos autarcas socialistas, que

hoje são Deputados — e vejo pelo menos três: a ex-autarca de Alfândega da Fé; Ricardo Pinheiro, de Campo

Maior; e o autarca de Ourique —, se é, ou não, verdade o que estou a dizer. Perguntem-lhes como é viver no

interior e sentirem-se sem segurança, abandonados pelo poder central.

Ontem, os socialistas disseram, nesta Casa, que o Governo de Passos e Portas fechou postos da GNR, e é

verdade que fechou alguns. Mas não podem fugir à realidade: é que a grande maioria desses postos foi fechada

por José Sócrates. E sabem quem era o Ministro da Administração Interna? António Costa! Era António Costa!

Aplausos do CH.

Percebo que, agora, digam que José Sócrates vos aldrabou. Não vos aldrabou só a vós, mas, sim, a todos

os portugueses. Porém, existe um carimbo do qual, por muitas voltas que deem, não se podem livrar. Podem

fazer o pino, a cambalhota, mas José Sócrates tem o carimbo do Partido Socialista.

Aplausos do CH.

As forças de segurança têm sido vítimas de bárbaros atos de agressões. Pergunto a este Governo se vai ter

a coragem de aceitar a proposta do Chega para aumentar as penas dos crimes contra as forças de segurança.

É que no voto de condenação às agressões de que foram alvo os militares da GNR da vila de Cuba, que

apresentámos na 1.ª Comissão, todos os partidos se abstiveram. Esconderam-se! Faltou-lhes coragem para

dizer: «Sim, condenamos qualquer ato de violência contra as forças de segurança.» Não é abstenção, é «sim»

ou «não».

Chega do politicamente correto. Condenam ou não condenam?

Aplausos do CH.

Para terminar, Sr. Primeiro-Ministro, deixo-lhe mais duas perguntas: quantos mais efetivos vão integrar as

forças de segurança? E o que pretende fazer com os postos da GNR fechados no interior do País?

Ontem, tivemos, aqui, o país das maravilhas de António Costa, mas nós trazemos o retrato do País real.

Sabemos que nem todos os políticos o conhecem, até porque houve alguns que apenas fizeram campanha em

determinados distritos, onde podiam eleger Deputados — mais um bocadinho, não saíam do Príncipe Real ou

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