O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE JUNHO DE 2022

69

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — … que mata as universidades.

O Sr. Miguel Matos (PS): — Isso é a vossa elegia!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Cito exemplos: o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) é um feudo do PS;…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — … o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra é um feudo do Bloco de Esquerda; a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa, é ultracontrolada pela

esquerda.

Sr.as e Srs. Deputados, desde o século XVIII que não toleramos a sobreposição entre a fé e a ciência.

Protestos do PS.

Ouçam, porque têm de ouvir, e muito bem!

Muitíssimo menos podemos tolerar, no século XXI, a promiscuidade entre a política e a ciência, entre o poder

e a razão, entre os partidos políticos e as universidades.

Aplausos do CH.

A questão é demasiado séria! Habituem-se, porque o Chega não vai largar esta perspetiva pela dignidade

do conhecimento e da ciência!

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem agora a palavra o Sr. Deputado António Topa Gomes, do PSD.

O Sr. António Topa Gomes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Cumprimento também os peticionários do Movimento 8%, por um investimento urgente na ciência em Portugal, sendo que também

estamos aqui a discutir um projeto de lei do Livre e um projeto de resolução do PCP.

Conhecimento sempre foi a chave do sucesso dos povos, mas hoje julgo que é também a chave do sucesso

económico de países, particularmente com o seu sistema de ensino superior e com a colaboração entre ciência

e inovação e empresas.

Este será, porventura, o aspeto onde estamos pior. De facto, temos já um elevado número de doutorados,

mas apenas 3% deles conseguem encaixar-se nas empresas e há aqui um grande caminho a percorrer.

Na Legislatura anterior, o PSD apresentou um projeto de resolução, que esteve, até, na origem de uma

recomendação à Assembleia da República, tendo obtido uma aprovação generalizada, que, de alguma forma,

define aquilo que o PSD faria melhor no que diz respeito à ciência.

O primeiro ponto seria o reforço da verba atribuída às novas edições do concurso Estímulo ao Emprego

Científico Individual.

Teríamos também um contributo para a estabilidade da ciência, aplicando uma percentagem mínima de 15%

nas aprovações do concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual e dos Projetos de Investigação Científica

e Desenvolvimento Tecnológico.

Propúnhamos também uma distribuição equilibrada entre áreas científicas e regiões previamente

conhecidas, mais concursos de financiamento dos projetos de investigação em todos os domínios científicos,

com abertura de edições anuais (este é um aspeto muito relevante) e com datas bem definidas, a definição de

uma estratégia para a ciência — sendo que aqui teríamos o Horizonte 2030 e o célebre investimento em ciência

Páginas Relacionadas
Página 0070:
I SÉRIE — NÚMERO 19 70 e tecnologia de 3% do PIB — e a promoção de concursos
Pág.Página 70