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I SÉRIE — NÚMERO 26

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São 51 consórcios que mobilizam mais de 1200 entidades e se propõem a investir 7700 milhões de euros,

nos próximos anos, para conseguirem produzir mais 2200 novos produtos, serviços ou patentes.

O apoio máximo do financiamento público é de 3000 milhões de euros, sendo que cerca de dois terços são

para investigação e desenvolvimento e metade desse valor se destina, exclusiva e diretamente, às entidades do

sistema científico e tecnológico.

Este é o maior investimento concentrado feito em poucos anos e tem um enorme potencial transformador do

perfil da economia portuguesa.

Se usarmos o modelo, utilizado pela Comissão Europeia, de impacto deste investimento em concreto a 20

anos, o contributo que dará para a transformação da economia portuguesa é absolutamente gigantesco.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem de concluir.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Concluo, Sr. Presidente, pedindo desculpa pelo meu entusiasmo.

O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Foi uma promessa!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isto significa que é mesmo neste caminho que temos de prosseguir, resistindo

com nervos de aço aos problemas do dia, para continuarmos a seguir, com coerência e determinação, a

estratégia que definimos para a década e que, passo a passo, temos prosseguido.

Contra ventos e marés, com COVID ou sem COVID, não desistimos. Vamos prosseguir e levar essa

estratégia até ao fim.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para fazer perguntas em nome do Grupo Parlamentar do PSD, o

Sr. Deputado André Coelho Lima.

O Sr. André Coelho Lima (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo,

surpreendentemente, o debate fugiu para a semântica ideológica. Ou seja, o Sr. Primeiro-Ministro está a dizer-

nos que o PSD tem dificuldades em definir-se — foi atrás da coordenadora do Bloco de Esquerda! Todos querem

ser sociais-democratas! —, esquecendo-se do próprio partido a que preside, que é o Partido Socialista. O espaço

da social-democracia, Sr. Primeiro-Ministro, está muito bem preenchido pelo PSD.

Aplausos do PSD.

Risos do Primeiro-Ministro.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Já não se vê a diferença entre o Partido Social Democrata e o Partido Socialista!

O Sr. André Coelho Lima (PSD): — Disto isto, Sr. Primeiro-Ministro, e porque também falou em boa

governação, queria falar-lhe de um tema que tem quase dois meses, mas que é muito importante. É sobre o que

aconteceu em Setúbal, na receção a refugiados ucranianos.

Vou deter-me nos factos. O primeiro facto é o de que essa receção foi feita por cidadãos russos,

concretamente pelo Sr. Igor Kashin.

O segundo facto é o de que, nesse acolhimento, foram fotocopiados documentos — procedimento que, como

o Sr. Primeiro-Ministro sabe, não é aconselhado — e feitas perguntas manifestamente desnecessárias e

incómodas, como a do paradeiro dos maridos das senhoras que estavam a ser recebidas no nosso País.

O terceiro facto é o de que Igor Kashin foi presidente do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos

e, ainda, presidente da Casa da Rússia, sendo também conhecidas as suas ligações à Embaixada da Rússia.

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