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I SÉRIE — NÚMERO 30

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Sr.ª Ministra, não vou falar-lhe novamente daquilo que todos os portugueses já sabem, que é a calamidade

que existe nas urgências, as listas de espera para cirurgias, as consultas, as ecografias suspensas no Hospital

de São João para as grávidas do segundo trimestre ou as unidades de cuidados intensivos que hoje fecharam

no Hospital de Santa Maria, o maior hospital de Portugal.

Hoje de manhã, uma nota enviada às redações, pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul, dá conta de que,

por falta do número mínimo de médicos, a unidade de cuidados intensivos fechou.

O orador exibiu uma folha com uma notícia de jornal.

O que eu queria era ouvir a Sr.ª Ministra dizer aqui como é que vai dar liberdade aos portugueses,

liberdade de escolha e de acesso à saúde, liberdade para que possam cuidar cada vez mais, em vez de

matar, em vez de eutanasiar. Sabemos que a prisão perpétua é uma questão anticonstitucional e de que não

se pode falar nesta Câmara, já quanto à eutanásia e ao aborto é tudo à larga, é tudo à vontade.

Aplausos do CH.

Com a falta de soluções, Sr.ª Ministra, sabe o que é que concluo deste debate? É que a Sr.ª Ministra e o

PS são negacionistas.

São negacionistas do que se passa no terreno e são negacionistas da escalada do descalabro que existe

no Serviço Nacional de Saúde. Para a Sr.ª Ministra, tudo é um pequeno número — como disse ontem na

audição — ou é apenas um constrangimento, quando morrem pessoas nas urgências e nos hospitais.

São também negacionistas da mortalidade COVID-19, quando comparada com outros países, e são

negacionistas também da mortalidade extra-COVID-19.

Por isso, Sr.ª Ministra, falou de demagogia, falou de adjetivação, mas os administradores hospitalares

criticaram o Governo por falta de estratégia e o Observatório Português dos Sistemas de Saúde também diz

que falta acesso aos cuidados de saúde, faltam recursos humanos e está em perigo a saúde pública. Também

acha que estes organismos são demagogos, Sr.ª Ministra?!

Sr.ª Ministra, existe falta de médicos no SNS, mas não existe falta de médicos em Portugal, porque

Portugal, pelos números da OCDE é o oitavo País do mundo com mais médicos per capita e com o maior

número de faculdades. Por isso, o que existe é uma má gestão da Sr.ª Ministra e do Governo.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exatamente!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Sr.ª Ministra, estamos há décadas a desperdiçar cada vez mais

milhões.

Por último, para terminar — muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância —, vou deixar-lhe um alerta: a

Sr.ª Ministra é a CEO da saúde e se vai substituir-se está apenas a assumir a sua própria incompetência e a

sua própria incapacidade.

A Sr.ª Ministra apanhou esta polémica dos aviões e, se calhar, deveria era dirigir-se a um aeroporto e

apanhar um avião.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde,

António Lacerda Sales.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (António Sales): — Sr. Presidente, Sr.as Ministras, Sr.as e

Srs. Deputados: O Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo não está presente neste momento — está a Sr.ª

Deputada Joana Cordeiro e todo o restante Grupo Parlamentar do IL —, mas queria dizer-lhe que, ainda

ontem, em audição regimental, com uma duração de mais de cinco horas — como bem se lembram, porque

estiveram presentes —, tivemos oportunidade de esclarecer os Srs. Deputados, nomeadamente os Srs.

Deputados do IL, acerca de muitas dúvidas sobre diversas matérias que hoje, aqui, se colocaram.

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