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1 DE JULHO DE 2022

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complementares de diagnóstico e terapêutica, que o Governo ainda nos últimos dois anos dizia que ia

internalizar, têm aumentado ano após ano. No ano passado foram 1201 milhões de euros sobre essa matéria.

Na verdade, quanto mais o PS se aproxima das propostas do Iniciativa Liberal de abrir o SNS a privados,

pior fica a saúde pública. Esse é que é o grande problema do País e nós já vimos isso, Sr. Deputado. É que

quando o PS implementou as medidas que o Iniciativa Liberal queria, por exemplo, nos combustíveis, os

combustíveis ficaram mais caros, a especulação aumentou, o parasitismo sobre a nossa economia e sobre as

nossas pessoas aumentou. Quem ganhou foi a Galp, foram as outras empresas petrolíferas, e aqui já

sabemos quem vai ganhar, o grupo Mello, a Luz Saúde, etc., aqueles privados cujos lucros, na verdade, o

Iniciativa Liberal está a defender.

Sr. Deputado, vou concluir com uma pergunta muito direta. Vou pedir para ser distribuído um gráfico, que

vou explicar o que é, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) — creio que

até gosta mais da OCDE do que o Bloco de Esquerda —, que diz do gasto de saúde por pessoa em cada um

dos países.

Quanto ao modelo que o Iniciativa Liberal diz que defende, percebemos que querem fugir dos Estados

Unidos da América, dizendo que com esses liberais não têm nada a ver e que o que defendem é o modelo

holandês. É isso que está no vosso programa. Mas o que diz a OCDE é que esse é dos que mais gasta por

pessoa para ter resultados similares àqueles que temos em Portugal.

Por isso, Sr. Deputado, em palavras da OCDE, pergunto-lhe: como é que defende um modelo que a única

diferença de fundo que tem para o do nosso País é que é mais caro? Na verdade, é mais caro porque paga

mais aos privados, porque quer tudo nos privados.

Sr. Deputado, isto desmascara o Iniciativa Liberal: na verdade, não quer mais saúde, quer mais negócio e

quer fazê-lo à custa do SNS.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Muito obrigado, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

Para que não se instale o caos que o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares teme, e a Mesa, em particular,

também, percebemos que esta pergunta foi dirigida ao Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo e ele

responderá, mas a minha pergunta é se quer responder a cada pergunta, porque tem três, ou se quer

responder globalmente.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Respondo globalmente, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Sendo assim, e sabendo que esta pergunta do Sr. Deputado Pedro Filipe Soares já

está endereçada ao Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, agora damos a palavra à Sr.ª Deputada Cláudia

Bento, do Grupo Parlamentar do PSD.

A Sr.ª Cláudia Bento (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª

Deputada Joana Cordeiro e Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, gostaria de começar por congratular o

Iniciativa Liberal por este agendamento em concreto e pela pertinência do tema, porque ao que assistimos

hoje é a um Serviço Nacional de Saúde mergulhado numa crise profunda que se traduz num grave prejuízo

para os cidadãos.

O Serviço Nacional de Saúde está apático, está desestruturado. O Serviço Nacional de Saúde está doente.

Gostávamos que fosse real o cenário cor-de-rosa que nos pintam, mas não é. Gostávamos que não existissem

pessoas que têm de esperar mais de um ano por um diagnóstico, uma consulta ou uma cirurgia, mas

esperam. Gostávamos que não existissem pessoas que se deslocam em situação de fragilidade a um serviço

de urgência hospitalar e encontram um papel na porta a reencaminhar para outra unidade, muitas vezes a

dezenas de quilómetros de distância.

O PSD defende um conjunto de medidas que poderia contribuir para solucionar os problemas do Serviço

Nacional de Saúde. Impõe-se uma reestruturação do seu modo de financiamento, de funcionamento, de

gestão e de relação entre os diversos níveis de instituição de saúde.

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