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22 DE DEZEMBRO DE 2022

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arrastar e arrastar um assunto que também não era da sua conveniência. Mas não estão sós nesta culpa: esta

questão do aeroporto tem décadas e o PSD também não pode lavar as suas mãos.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Ah!

O Sr. Filipe Melo (CH): — O PSD também contribuiu para o arrastar, contribuiu para esta situação de

indefinição em relação ao aeroporto.

Esta trapalhada já vem de trás, mas foi agravada com este Governo socialista. Senão, vejamos a brincadeira

constante que tem sido o aeroporto. O Primeiro-Ministro diz que não há plano B, que é Montijo e mais nenhum,

independentemente dos prós e dos contras. Passados uns dias, vem o Ministro Pedro Nuno Santos, que tem

esta tutela, dizer que, se calhar, aquela solução seria melhor do que o Montijo. E vem o Sr. Primeiro-Ministro

dar-lhe um valente puxão de orelhas. Enquanto brincamos e continuamos a brincar aos aeroportos, são os

portugueses que pagam esta fatura, são os portugueses que andam a pagar avaliações estratégicas ambientais

umas em cima das outras, com prejuízos de milhões. São os portugueses que veem o seu País ser penalizado

porque, enquanto não há uma definição e uma construção do novo aeroporto, o turismo não cresce. Pelo

contrário, recua, porque a TAP já cancelou centenas de voos por falta de capacidade aeroportuária. E vamos

continuando neste rame-rame, a adiar uma questão que já devia estar resolvida há anos, da qual o País precisa

mas o Partido Socialista não tem, definitivamente, vontade, nem arrojo, nem capacidade para avançar.

Aplausos do CH.

Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Augusto Santos Silva.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do PAN, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa

Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo, antes de mais, por

agradecer aos peticionários por trazerem esta petição à Assembleia, que nos permite debater, mais uma vez,

as opções não só do aeroporto do Montijo mas também do aeroporto de Beja.

Este é um debate sobre opções políticas, mas opções políticas que, claramente, são danosas para o País.

Diria que isto é mais do que uma trapalhada, porque, na verdade, aquilo que sucessivos Governos têm feito é,

por um lado, fechar os olhos à necessidade de coesão e desenvolvimento territorial — o que a opção de Beja

permitiria fazer, garantindo as ligações e a inclusão de Beja numa estratégia nacional de soluções aeroportuárias

—, mas, por outro lado, tomar uma má opção política, ao insistirem e persistirem em opções como o aeroporto

do Montijo. Recentemente, tivemos o aeroporto de Lisboa alagado, e eu diria que melhor trailer era impossível,

para fazer publicidade àquilo que acontecerá no Montijo.

Portanto, um Governo que sucessiva e reiteradamente insiste nesta opção é, claramente, um Governo que

está de olhos fechados para as necessidades das populações, seja do ponto de vista do desenvolvimento local

seja no combate aos efeitos das alterações climáticas, com a subida dos níveis médios da água e também dos

efeitos climatéricos extremos.

Mas, mais, foi pela mão do PAN que se conseguiu introduzir esta opção naquela que deve ser uma avaliação

ambiental estratégica para todo o País e que deve ser feita, em vez de virem com a narrativa de passar por cima

de uma decisão do próprio Parlamento, que incluiu todas as opções e não apenas algumas, como tem sido a

narrativa frequentemente utilizada.

Termino, saudando uma vez mais os peticionários. É fundamental que a narrativa da coesão territorial não

se fique nas palavras vãs, mas, sim, que comece a sair do papel e das políticas prosseguidas no nosso País.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Guimarães Pinto, da IL.

Pausa.

Não estando presente, passamos à frente.

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