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I SÉRIE — NÚMERO 75

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O Sr. Rui Tavares (L): — … — precisamente, porque respeitamos os polícias —…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não respeitam nada!

O Sr. Rui Tavares (L): — … denunciaram aquilo que em certos fóruns internos era escrito, da mesma

natureza que vemos noutros países, como ameaças a políticos, conversas sobre assassinos profissionais e

sobre compra de armas e munições. Nós não estamos à altura dos polícias e guardas íntegros que ajudaram a

denunciar essas ameaças…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não estão à altura, não!

O Sr. Rui Tavares (L): — … se não tivermos a certeza de que as ameaças são levadas completamente a

sério.

Protestos do CH.

Podemos pensar de forma diferença acerca da maneira como essas ameaças poderiam ter sido encaradas

num primeiro momento, através de uma investigação da Polícia Judiciária e não de um inquérito da Inspeção-

Geral da Administração Interna, mas isso agora pouco importa.

O Sr. Filipe Melo (CH): — Só dizes asneiras!

O Sr. Rui Tavares (L): — Terminar o debate com este tema é não só ocasião para exprimirmos, em relação

ao Brasil, na primeira oportunidade, a solidariedade para com a democracia brasileira…

O Sr. Filipe Melo (CH): — Queres dobrar o tempo? Isto é um abuso e uma falta de respeito!

O Sr. Rui Tavares (L): — … e a condenação de qualquer golpismo e de qualquer extremismo, mas também

para exprimirmos aqui, nesta Casa, que, quando vier a conclusão desse inquérito, nos apercebemos de que é

preciso, cada vez que vem uma notícia destas do estrangeiro, levar ainda mais a sério a ameaça que representa,

em qualquer país, a infiltração de forças de segurança e de autoridade por elementos extremistas,…

Protestos do CH.

… muitas vezes liderados e incentivados por aqueles que, durante esta intervenção, estiveram o tempo todo

num enorme desconforto, e nós percebemos muito bem a causa desse desconforto.

Aplausos do PS.

Protestos do CH.

O Sr. Presidente: — Para responder, assim haja condições, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Rui Tavares, todos temos, obviamente, de rejeitar

veementemente o que ocorreu no Brasil — ou que aconteça em qualquer outro país —, onde houve um

manifesto atentado ao Estado de direito, aos respetivos órgãos de soberania e à soberania democrática do povo

brasileiro.