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13 DE JANEIRO DE 2023

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O orador exibiu cópia do cartaz que mencionou.

Esta OPA não foi uma criação da União Soviética, de Estaline, foi uma criação dos Estados Unidos da

América, de Roosevelt, que teve um Office of Price Administration que, basicamente, fazia aquilo que o PCP

propõe que o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração do Ministério da Agricultura faça.

Isto não foi feito para impor o socialismo, foi feito para salvar o capitalismo, e resultou. Não houve carestia

nem escassez alimentar nos Estados Unidos durante a Guerra; o que houve foi uma diminuição da inflação em

tempo de guerra, que é aquilo que temos na Europa agora.

Portanto, recusar-se a aprender com a história é, quando temos inflação em tempo de guerra, recusar-se a

ver que o tabelamento de preços já funcionou. Funcionou na história e funcionou para a economia.

Quando terminar, vou dar um exemplar destes cartazes à Iniciativa Liberal, para que veja que na América

capitalista, afinal, também se tabelavam preços, e dou um ao PCP, para o saudar por uma iniciativa que é

absolutamente tempestiva, porque, neste momento, em Portugal, há 20 % de inflação na alimentação. Pior do

que Portugal, só na Hungria, do Deputado Filipe Melo, que tem 44 % de inflação na alimentação, repito, 44 %,

com as suas políticas.

Protestos do CH.

Se baixarmos 6 % do IVA de 20 %, ainda fica uma inflação demasiado alta para que a maior parte dos

portugueses a possa pagar.

Protestos do CH.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma curta intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro

Filipe Soares, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Hoje, ficou claro que, quando o

Chega fala em defender as famílias, fala da família Soares dos Santos, dona do Pingo Doce, da família

Azevedo, dona do Continente.

Risos do CH.

Mas já sabíamos disso, porque, na verdade, são as famílias dos super-ricos, tal como era a família

Champalimaud ou a família Mello, que defendem. Não são as famílias portuguesas, não é o português

comum, o cidadão comum, não. São os super-ricos. E é por isso que é quase paradigmática esta posição do

Chega. Ó Sr. Deputado, podia perguntar aí ao seu colega de bancada se ele não sabe como é que funciona o

Continente ou o Pingo Doce, a meter para baixo, muito para baixo, o preço de compra aos produtores.

De facto, a proposta do Bloco de Esquerda exige transparência na formação de preços, exige tetos

máximos nos preços que as famílias têm de pagar por bens essenciais e defende os pequenos produtores,

que estão a ser destruídos — dizem eles próprios! — pelas margens abusivas do Continente, do Pingo Doce.

Bem, ficámos a saber que, afinal, as famílias defendidas pelo Chega são as famílias dos super-ricos.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Termino, Sr.ª Presidente.

A liberdade defendida pela Iniciativa Liberal é a liberdade do superabuso que agora vemos o Pingo Doce e

o Continente a fazerem sobre as famílias.

Quanto ao PSD e ao PS, sabemos que estão atentos, mas fazer alguma coisa para defender as pessoas

deste abuso dos super-ricos, que estão a lucrar milhões com o custo de vida das pessoas, que empobrecem o

País, zero.

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