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6 DE ABRIL DE 2023

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O Sr. Presidente: — Para apresentar o Projeto de Lei n.º 672/XV/1.ª (CH) — Assegura o pagamento do

suplemento para compensação do trabalho de recuperação dos atrasos processuais, tem a palavra o Sr.

Deputado Bruno Nunes.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Enquanto me deslocava para esta

tribuna, o que eu ouvia das outras bancadas era: «Olha, voltaram.» Voltámos! Voltámos por vós.

Vozes do PSD: — Ah!…

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — E os anteriores não merecem?!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Voltámos pela justiça em Portugal. Voltámos, porque é justo dizer a verdade e

não compactuar com as mentiras que são ditas nesta Câmara.

Aplausos do CH.

Voltámos por vós, para dizer, cara a cara, a todas as bancadas que quando saímos os 12 se nota a nossa

ausência, mas quando saem outros 100 aqui da Sala pouco se nota, porque pouco fazem dentro desta Casa.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Ah!…

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Voltámos por vós, como poderíamos voltar pelos professores, pelos médicos,

pelos enfermeiros, pelos técnicos de emergência pré-hospitalar, pelos farmacêuticos hospitalares, pelos

polícias, pelos técnicos de reinserção, até pelos funcionários deste Parlamento.

Voltámos pela falta de respeito que tem existido pela Administração Pública.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Voltámos para vos dizer, cara a cara, que estamos ao vosso lado e que

confiamos no vosso trabalho em nome da justiça em Portugal.

Aplausos do CH.

Os oficiais de justiça não desempenham uma mera função de tarefeiros, são fundamentais para a justiça

em Portugal. E basta ver o que aconteceu nos últimos dias, nas últimas semanas, as inquirições que ficaram

por fazer, os julgamentos adiados, fruto de uma luta digna que aqueles homens e mulheres desenvolveram,

mas que, mesmo assim, não têm obtido respeito.

A questão do respeito começa quando quem deveria estar aqui hoje, a Sr.ª Ministra da Justiça, nem sequer

compareceu no Parlamento, sabendo do que estávamos a falar e do problema que tem afetado a justiça, por

causa da greve que têm feito de forma digna.

A Sr.ª Ministra não apareceu, colocando em causa a segurança jurídica do nosso País, tão salvaguardada

por VV. Ex.as

Temos tido, claramente, falta de visão ao longo dos últimos anos. Gritamos agora, aqui, e tantas bancadas

vêm dizer que era preciso olhar para a vossa carreira, mas esquecem-se de que que o acordo foi alcançado

em 1999 — 24 anos de mentira!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

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