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20 DE ABRIL DE 2023

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O Sr. André Ventura (CH): — É para bater palmas! Não batem palmas?!

O Sr. Ministro das Infraestruturas: — Um país que não investe em ferrovia durante 20, 30 ou 40 anos perde

capacidades. Perde capacidades o Estado, perdem capacidades as empresas e, sim, estes projetos demoram.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Agora, batem!

O Sr. Ministro das Infraestruturas: — Só os senhores, que nunca desenharam um projeto e nunca fizeram

nenhum projeto de ferrovia, é que têm a ousadia de criticar o Governo, que reiniciou este processo, por atrasos

ou demoras de obras que nunca realizaram, nunca planearam e nunca viriam a realizar, caso estivessem no

Governo.

Aplausos do PS.

A componente que falta no setor ferroviário ao serviço do País é precisamente a componente industrial, e foi,

por essa razão, que criámos o Centro de Competências Ferroviário. Foi por essa razão que começámos pela

recuperação das carruagens, usando 90 % de incorporação nacional — aquelas carruagens que alguns, num

espírito de deslumbramento algo parolo, dizem «ou é novo ou não vale de nada».

Todos estes passos convergem para que as nossas empresas, a nossa indústria e os seus trabalhadores

tenham a capacidade de fabricar comboios em Portugal, e nós, hoje, temos todas as razões para acreditar que

essa capacidade existe.

É, hoje, público que dois dos principais concorrentes ao concurso, que irá ser finalizado e ser adjudicado

muito brevemente, anunciaram, publicamente, que incluíram nas suas propostas uma dimensão industrial, para

além do fornecimento de comboios. É por essa razão que o Governo disse, e repete, que, na pior das hipóteses,

teremos de volta a indústria da ferrovia em Portugal, para além das oficinas já existentes, porque há mais do

que um concorrente com projetos apresentados e podem ter a certeza de que o que será escolhido será o mais

robusto e o mais sólido.

Portugal, portanto, poderá enfrentar o futuro industrial, nesta área, de uma forma completamente diferente

do que tinha feito no passado, nomeadamente, tendo-a — coisa que não tinha. E é por obra e graça deste

Governo e das iniciativas que este Governo tomou,…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro das Infraestruturas: — … do modo como este Governo escolheu comprar comboios…

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço-lhe que conclua, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Infraestruturas: — Este Governo poderia ter escolhido comprar comboios. Este Governo

escolheu comprar comboios e dotar o Governo de capacidade industrial para os produzir no futuro, Srs.

Deputados, e é isso que estamos a construir.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Infraestruturas: — Concluo, assim, Sr.as e Srs. Deputados, dando nota do empenho do

Governo em prosseguir, como é evidente, esta estratégia de recuperação e desenvolvimento do setor ferroviário,

cujo resultado continuaremos a ver no futuro próximo.

E o Governo acredita, também, que as medidas recentemente anunciadas e as discussões que temos

mantido com os sindicatos da CP, nomeadamente com o dos maquinistas, dão boas perspetivas de acabar

rapidamente com a greve e retomar o trabalho.