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I SÉRIE — NÚMERO 127

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O Sr. Guilherme Almeida (PSD): — Os professores continuam a sua luta e os portugueses continuam a

morrer no IP3.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do PAN, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de

Sousa Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD optou, hoje, por vir a

jogo sozinho, não permitindo que outras forças políticas pudessem trazer uma visão diferenciadora para este

debate, com outras propostas. Preferiu estar orgulhosamente só.

Mas não deixamos de nos centrar no grave problema que Portugal enfrenta, relacionado com a

concentração de populações nas cidades do litoral e a crescente desertificação das regiões do interior. Aliás,

não é um problema de agora, não é um problema exclusivo do nosso País nem é algo que vamos conseguir

estancar no imediato.

Mas aquilo que o PSD nos propõe hoje é, de facto, muito poucochinho. E, mais: está até, de alguma forma,

desalinhado com aquela que tem sido a rota do PSD, nomeadamente quando foi Governo.

Olhando para as medidas que aqui trazem e com que pretendem, de alguma forma, remediar o problema,

estas não têm visão de futuro, não têm em conta o cenário da emergência climática. Aliás, trazem-nos uma

proposta do regadio, esquecendo-se da avaliação de impacto ambiental. Não há uma palavra sobre isso,

quando sabemos que grande parte do interior está ameaçado pela seca extrema e pela desertificação, o que

nos parece uma atitude absolutamente irresponsável.

Mais, não vimos uma palavra nas propostas do PSD para repor e devolver às populações os serviços que

lhes foram extorquidos na altura do Governo de Passos Coelho em áreas como a saúde, as escolas, os

correios, as juntas de freguesia, as finanças, os postos da GNR, os tribunais, a Segurança Social, entre tantas

outras com que poderíamos exemplificar.

Mas, já sabemos, na altura mandaram os jovens emigrar, talvez agora mandem as populações voltar ao

interior.

Devolver aquilo que se retirou ao interior é, de facto, necessário, e é uma estratégia que tem de estar

alinhada com o futuro, mas, acima de tudo, com a emergência climática e social que existe, revitalizando-se

estes territórios através de políticas verdes e da transição para modelos de vida mais sustentáveis.

Há propostas do PSD que não poderemos acompanhar, como a do regadio, mas esperamos que, para o

próximo debate, haja também maior abertura do que a que hoje foi aqui demonstrada.

O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado

Bruno Nunes.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A determinado ponto, fiquei

estarrecido e quase que com um sentimento de ternura para com a forma como o Partido Socialista coloca

esta questão da coesão territorial.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Muito obrigado!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Podíamos vir falar da questão da descentralização, da questão dos PROT

(Planos Regionais de Ordenamento do Território), mas fui ouvindo o debate, ao longo desta já cerca de uma

hora, e percebi que há coisas sobre as quais não sabem, na realidade, do que estão a falar.

Ouvi o Sr. Deputado Luís Graça falar de situações, e algumas vou deixar para o Sr. Deputado Pedro Pinto

porque, em um ano e pouco de Legislatura, o Deputado Pedro Pinto já apresentou mais propostas pelo

Alentejo e pelo Algarve do que o Partido Socialista nos últimos 10 anos!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — É verdade!

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