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13 DE MAIO DE 2023

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Sr.as Deputadas, estamos a falar de um papel no para-brisas. Ganhem juízo!

Aplausos da IL.

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Ganha juízo, tu!

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Antes de passar ao ponto seguinte da nossa ordem do dia, aproveito

para fazer um apelo às Sr.as e Srs. Deputados para não ultrapassarem o seu tempo no uso da palavra. Tenho

feito um esforço para não interromper os oradores e as oradoras, mas tem havido abusos que não devem

prosseguir.

Vamos, então, passar ao ponto três da nossa ordem do dia, que consta da discussão, na generalidade, dos

Projetos de Lei n.os 568/XV/1.ª (BE) — Mitigar a rutura de medicamentos em Portugal através de produção feita

pelo Laboratório Nacional do Medicamento, 447/XV/1.ª (BE) — Assegura o acesso a medicamentos, óculos,

aparelhos auditivos e próteses dentárias através da sua comparticipação, 525/XV/1.ª (PCP) — Regime de

comparticipação de medicamentos, dispositivos médicos e suplementos para alimentação entérica e

parentérica, 746/XV/1.ª (PCP) — Regime de apoio financeiro para aquisição de óculos e lentes, próteses

dentárias, aparelhos auditivos e calçado ortopédico, 748/XV/1.ª (PAN) — Fixa as condições em que o

Laboratório Nacional do Medicamento pode produzir medicamentos em situação de rotura ou altamente

onerosos, 749/XV/1.ª (PAN) — Alarga os beneficiários dos benefícios adicionais de saúde e garante a

comparticipação da aquisição de aparelhos auditivos e de material ortopédico, alterando o Decreto-Lei n.º

252/2007, de 5 de julho, 750/XV/1.ª (PAN) — Possibilita a recuperação do IVA das aquisições de material ou

equipamento médico pelas IPSS, alterando o Decreto-Lei n.º 84/2017, de 21 de julho, e dos Projetos de

Resolução n.os 546/XV/1.ª (CH) — Recomenda ao Governo a criação de um modelo de importação emergencial

de medicamentos, 561/XV/1.ª (PCP) — Reforço da capacidade e competências do Laboratório Nacional do

Medicamento, 612/XV/1.ª (IL) — Pela proximidade no acesso ao medicamento e 613/XV/1.ª (IL) — Pela

sustentabilidade no acesso ao medicamento e aos dispositivos médicos.

Para apresentar as iniciativas do Bloco de Esquerda, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Somos assaltados,

recorrentemente, por notícias sobre a falta de medicamentos no nosso País. E, enquanto alguns poderiam dizer

que é problema da inflação, que resulta da guerra da Ucrânia, que resulta de falhas nas cadeias de

abastecimento à escala mundial, decorrentes da pandemia, na verdade, essas notícias já são antigas. Em 2019

havia a notícia de vários milhares, quer de medicamentos, quer de substâncias necessárias para a sua

fabricação, que estavam em falta nos mercados nacional e internacional.

Sendo certo que para algumas destas falhas há alternativas terapêuticas, muitas vezes essas alternativas

terapêuticas acontecem com um aumento de custo, quer para o Serviço Nacional de Saúde, quer, em particular,

para os utentes. Ou seja, os mesmos tratamentos passam a ser mais caros para o Estado e passam a ser mais

caros para as pessoas, para as famílias.

Mas é verdade também, dizem-nos os institutos que lidam com esta matéria, que esta não é a realidade, pois

nem sempre o problema é de dinheiro. Há 13 % destas faltas de medicamentos ou de substâncias que têm

impactos médios nos utentes e há 3 % destas faltas que têm elevado impacto na saúde dos utentes.

Quando falamos de percentagens, convém transformar isto em números absolutos: são centenas de

medicamentos que falham, que fazem falta, com um elevado impacto na saúde dos utentes.

Quais são as razões para isto acontecer? Há problemas que podem existir, quer na produção, quer na

distribuição, e não os ignoramos, mas não é esse o principal grupo de problemas que encontramos. O problema

principal é o de que há um jogo da indústria farmacêutica para criar uma dificuldade no acesso ao medicamento

e, com isso, a chantagem para, depois, aumentar o preço, para ganhar mais lucro na venda do medicamento.

Isso é que é inaceitável!

Os lucros deles não podem ser à custa da saúde de todos nós, mas é esse o jogo que está a ser imposto

pela indústria farmacêutica.

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