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I SÉRIE — NÚMERO 129

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O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — A perspetiva coletivista da esquerda, órfã que está hoje de um

motor de transformação social, obriga a que busquem incessantemente novos motivos de confronto e clivagem entre grupos cujas finalidades possam ser atribuídas à democracia liberal ou ao capitalismo. Esta estratégia tem tanto de infantil como de errada, já que fecha os olhos à evidência de que é exatamente nas sociedades mais liberais e de economia de mercado consolidada que os direitos de todos, maiorias e minorias, são mais protegidos e avançados. Mas, para esta esquerda mais sectária, a culpa de todos os problemas é sempre do liberalismo, mesmo quando esses problemas ocorrem em coutadas de extrema-esquerda, como exemplos recentes atestam.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem! O Sr. Rui Tavares (L): — É contra as generalizações, exceto para a esquerda! O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — A perspetiva coletivista da esquerda tem outra consequência

negativa. Ao promover a clivagem e confronto entre grupos,… A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — O quê?! O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — … a esquerda promove também um clima de intolerância

incompatível com uma sociedade aberta. O recurso constante a uma lógica de «nós e eles», ou melhor, «nós contra eles», «quem não está connosco está contra nós», é mais típico de ditaduras de todas as cores ao longo da história do que de democracias abertas. Igualmente, o policiamento da linguagem e o condicionar das discussões não são compatíveis com uma sociedade aberta. Sobretudo, esta não é a maneira de chegar à defesa dos direitos das minorias, incluindo a mais importante de todas as minorias, que é o próprio indivíduo.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, para evitar as interpretações habilidosas que alguns são pródigos em fazer, no Twitter ou fora dele, gostava de terminar, reafirmando com clareza que esta intervenção teve dois intuitos essenciais.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Agradar a gregos e a troianos! O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — São eles manifestar a nossa concordância sem reservas com o

alargamento dos direitos das pessoas com identidades ou expressões de género diferentes e dizer à esquerda mais sectária que as suas manobras de instrumentalização das pessoas e de polarização da sociedade para proveito próprio estão votadas ao fracasso. Naquilo que depender da Iniciativa Liberal, não passarão.

Aplausos da IL e do Deputado do PSD António Topa Gomes. O Sr. Rui Tavares (L): — Contra generalizações, exceto para a esquerda! A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Agradar a gregos e a troianos! O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Lina Lopes. A Sr.ª Lina Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Hoje, são apresentados quatro

projetos de lei e quatro projetos de resolução sobre orientação sexual, identidade de género e características sexuais, bem como sobre a consagração do dia nacional da visibilidade trans, da autoria do PS, do L, do PAN, do BE e da Iniciativa Liberal.

Queria iniciar este debate, sublinhando que, segundo a Organização das Nações Unidas, a identidade de género é a maneira como o indivíduo se reconhece e como percebe a sua própria identidade.

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