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2 DE JUNHO DE 2023

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enquanto cidadãos, independentemente de outras conceções, e que nem sempre podem ser representados por

entidades externas.

Esta ideia de que as crianças e os jovens têm sempre de ter alguém que fale por eles é uma ideia errada,

porque as crianças e os jovens têm coisas a dizer — haja quem os ouça! O que queremos é que haja quem os

ouça.

Aplausos do BE.

O Sr. Jorge Galveias (CH): — É para isso que servem as famílias, para os ouvir!

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Emília Cerqueira,

do Grupo Parlamentar do PSD.

A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Hoje, que se assinala o Dia da

Criança, permitam-me a ousadia, porque, estando aqui tantos jovens, também da escola de Arcos de Valdevez,

que é a minha terra, é para eles que quero falar, para as crianças e para os jovens, porque é deles que temos

de falar.

Não é só dizer que as crianças são o melhor do mundo, que as crianças são o futuro. Do que precisamos

mesmo é de políticas para as crianças.

Aplausos do PSD.

Diz-se na minha terra que «frases, leva-as o vento», e as boas intenções também. O que ouvimos aqui hoje

foram muito boas intenções, muitas frases bonitas e muitas frases feitas. Aliás, o Governo e a Sr.ª Ministra

falam-nos constantemente da preocupação com a infância e com as crianças.

Para o PSD é mesmo uma preocupação, mas vimos que não era uma preocupação, nomeadamente para a

maioria, quando chumbaram uma proposta do PSD para a criação de uma subcomissão, precisamente para

uma visão holística, uma visão concertada, multissetorial, da infância. Quem não quis olhar para a infância de

frente chumbou a criação da subcomissão, perdendo-se uma oportunidade enormíssima de pensar no futuro

das crianças e nos seus diversos problemas.

Aplausos do PSD.

Sim, porque, para nós, o que é mesmo importante é uma política integrada para a infância. Não podemos ter

crianças a nascer nas ambulâncias a caminho de uma qualquer maternidade, porque a saúde não responde e

o Governo não tem soluções no Serviço Nacional de Saúde por questões ideológicas, naturalmente. Também

não podemos ter um país onde as mães têm de andar à procura da maternidade de serviço,online, enquanto

estão à espera do nascimento de um bebé, porque o futuro não espera.

Não é este o País que queremos. Não queremos um país em que a escola pública, que devia fazer de

elevador social como tem de ser, está completamente bloqueada e os alunos não têm qualidade no ensino, fruto

da falta de paz social entre professores e alunos, o que prejudica todas as crianças, especialmente as mais

vulneráveis.

E o que é que faz o Governo? Nada! Vai atrasando. Estamos no fim do ano e continua tudo na mesma. Do

que precisamos mesmo é de um Governo que olhe para a infância para que os números das crianças vítimas

de violência não seja aquele que, ainda hoje, a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) nos veio dizer

e que, permitam-me dizer-vos, são assustadores, verificando-se um aumento de 32 %, só num ano, com 2600

crianças vítimas de crimes de violência. É isto que não queremos para o futuro das crianças, queremos soluções

integradas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

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