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I SÉRIE — NÚMERO 141

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A Sr.ª Isabel Pires (BE): — O que vale é que temos portarias anunciadas todos os dias!

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do Chega, o Sr. Deputado Filipe

Melo.

O Sr. Filipe Melo (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A Sr.ª Deputada do Partido Socialista falou

agora em portarias que estão a ser feitas e estudadas, mas, enquanto o PS faz essas portarias, há muito e muito

tempo, há idosos a passar fome. Há idosos que não conseguem ir às farmácias, enquanto o PS anda a estudar

as portarias.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — É verdade!

O Sr. Filipe Melo (CH): — É este o caos social no qual o Partido Socialista deixa os nossos idosos.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Filipe Melo (CH): — Sabe, Sr.ª Deputada, que a reforma média em Portugal é de 500 €? Sabe que as

reformas mais baixas são de 288 €? Como é que acha que os nossos idosos vivem com estes valores? Não

vivem, sobrevivem!

Vou-lhe dizer mais: há 2,5 milhões — repito, 2,5 milhões! — de pessoas em Portugal com mais de 65 anos

e, dessas, 500 000 — repito também, 500 000! — são pobres ou vivem no limiar da pobreza.

São as portarias que os senhores ainda estão a estudar que contribuem para estas pessoas estarem assim.

E acrescento: um Estado social que não cuida das crianças e dos idosos é um Estado social falhado.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. João Dias (PCP): — Não é o Estado! Quem é falhado é o Governo! O Estado somos todos nós!

O Sr. Filipe Melo (CH): — A prova disso é que, num debate desta importância, não está um membro do

Governo sentado nestas cadeiras, nem um!

Aplausos do CH.

É esta a importância que os idosos têm para o Governo do Partido Socialista. Pessoas que trabalharam uma

vida inteira, pessoas que deram tudo o que tinham em prol dos seus trabalhos, das suas vidas, das suas famílias,

chegam a esta idade e são desprezadas.

Não sei se a vocês vos custa ou não, mas a mim custa-me muito passar na rua e ver idosos sentados na

beira do passeio a pedir dinheiro para comprar um pão. A mim, custa-me muito passar à porta de uma farmácia

e ver idosos pedir, não dinheiro, mas que entrem com eles dentro da farmácia para lhes comprarem um

medicamento.

Isto é revoltante! Este é o País que temos e que devia envergonhar a todos quantos estamos aqui sentados

e legislamos, bem como a todos os membros do Governo que não estão cá hoje para dar a cara e assumir este

falhanço para com os idosos portugueses.

Aplausos do CH.

O Partido Social Democrata traz, hoje, um debate de grande relevância. Ouvi todas as intervenções do PSD

com muita atenção e noto que só a direita é que está preocupada com este debate. Isso viu-se hoje, mais uma

vez.

Mas devo dizer, Srs. Deputados, que as propostas que trazem são credíveis e que, por isso, terão o voto

favorável do Chega. Mas é importante relevar também que, em todas as propostas que o Chega trouxe, incluindo

as do Orçamento do Estado, a reposta do PSD foi chumbo.

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