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I SÉRIE — NÚMERO 146

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De norte a sul do País, nas empresas e nos locais de trabalho, em múltiplos pontos de encontro ao longo do

dia, e desde logo esta tarde, aqui, em Lisboa, os trabalhadores fazem ouvir a sua voz para dizer «basta», contra

as desigualdades e as injustiças, na exigência de uma mudança de rumo.

Saudamos os trabalhadores que se mobilizam nesta jornada de luta e daqui reafirmamos a solidariedade de

classe do Partido Comunista Português, dando voz a essa luta, na exigência de uma mudança de políticas e na

apresentação de propostas para a concretizar.

Continuaremos a avançar na luta e na proposta: pelo aumento dos salários e das pensões, repondo o poder

de compra perdido; pela regulação dos preços dos bens e serviços essenciais; pelo combate à especulação;

pela tributação dos lucros dos grandes grupos económicos, em prol da promoção do desenvolvimento e do

progresso social; pela dinamização da produção nacional; pelo reforço dos serviços públicos; e pela garantia de

direitos constitucionais.

Para esse caminho, podem continuar a contar com o Partido Comunista Português.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Antes de dar a palavra ao Governo, queria informar a Câmara — e faço-o com todo o

gosto — de que na tribuna A estão os membros do Comité Executivo da União Interparlamentar (UIP), que, sob

a presidência do Presidente da UIP, o nosso Colega Duarte Pacheco, terão uma reunião, hoje e amanhã, aqui,

no Parlamento. Entre esses colegas presentes estão o Presidente do Senado do Chile, o Presidente do Senado

do Zimbabué e outros representantes de Parlamentos dos países da UIP.

A todos, em nome do Parlamento, desejo as boas-vindas.

Aplausos gerais, de pé.

Para abrir o debate em nome do Governo, tem a palavra a Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos

Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes): — Sr. Presidente, Sr.as e

Srs. Deputados: Agradeço ao PCP a interpelação que hoje propõe a este Parlamento,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — De nada!

A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — … porque estou certa, Sr.as e Srs. Deputados,

de que todos partilhamos a mesma preocupação, a de garantir que os portugueses tenham melhores condições

de vida e que o Governo consiga responder da melhor forma possível ao aumento do custo de vida, fruto da

invasão da Ucrânia pela Rússia, da guerra e do disparar da inflação.

Em momentos particularmente exigentes, Sr.as e Srs. Deputados, há uma de três opções: apenas

lamentarmos as circunstâncias; cortarmos salários e pensões e aumentarmos impostos; ou respondermos com

seriedade e responsabilidade, com um Estado social forte que proteja as famílias, a economia e as nossas

empresas.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — E aumentando os impostos!

A Sr.ª Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — Sr.as e Srs. Deputados, o Governo escolheu,

escolhe e escolherá, com responsabilidade, o reforço do Estado social: um Estado social forte que cuide dos

portugueses; um Estado social forte que proteja os portugueses; um Estado social forte que dê resposta às

dificuldades dos portugueses.

Aplausos do PS.

Fizemos assim em 2015, perante o empobrecimento generalizado dos portugueses, quando repusemos

rendimentos, aumentámos salários e pensões, criámos emprego, apoiámos o tecido económico.