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I SÉRIE — NÚMERO 149

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mesma medida em que foram criadas. Não houve evolução, não houve expectativa, não houve crescimento,

não houve estímulo.

O Governo do PS, que todos os anos promete mais e mais dinheiro para os bombeiros, é o mesmo que, no

final, não faz mais do que mudar o dinheiro de um lado para o outro, mantendo os bombeiros com carências de

equipamentos. Se não fossem os municípios em Portugal… E permitam-me dar uma palavra de incentivo aos

autarcas deste País, pois são eles que mantêm os corpos de bombeiros em todo o território nacional a funcionar

no pleno das suas capacidades; não é o Governo de Portugal.

Aplausos do PSD.

O PSD quer aproveitar este momento para prestar um tributo, uma homenagem, um voto de reconhecimento

a todos os homens e mulheres bombeiros que, de uma forma desinteressada e abnegada, defendem os nossos

bens, os bens dos portugueses, quer sejam humanos, quer sejam materiais.

Queremos manifestar o nosso respeito e consideração pelos homens e mulheres que juram ser fiéis à Pátria,

que juram disponibilidade e prontidão, que juram arriscar a vida por todos nós, que juram ser corretos e que

juram ser úteis à humanidade.

Sejamos nós úteis e corretos com estes bombeiros, como eles têm sido connosco. Não precisamos de dar a

nossa vida por eles, basta respeitá-los.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do

Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas: Temos aqui várias propostas

que têm que ver com a valorização dos bombeiros em Portugal, e é verdade que, infelizmente, todos os anos,

quando chega o verão, começam a chegar os debates, as propostas e as recomendações relativamente às suas

condições profissionais, à forma como estes bombeiros acabam por ter de fazer a sua missão.

A verdade é que o reconhecimento dos bombeiros é urgente e, há poucos meses, tivemos o Governo a

debater com a Assembleia da República, em sessão plenária, a questão dos fogos. Fizemos várias questões,

exatamente, sobre a matéria das carreiras não só destes profissionais, mas também dos próprios bombeiros

voluntários, porque precisamos de dignificar e reconhecer o trabalho destas pessoas — destes homens e

mulheres, que, no caso dos bombeiros voluntários, o fazem, exatamente como o nome diz, de forma voluntária

— através de meios físicos, para poderem, da melhor forma, fazer o seu trabalho.

Precisamos de os reconhecer, dando àqueles que são profissionais carreiras dignas. Recentemente, tivemos

algumas audições relativamente a esta matéria e a resposta do Governo é a de que estão a trabalhar nisso.

Estão a trabalhar nisso, mas a verdade é que algumas carreiras já deveriam ter sido regulamentadas. Continuam

os bombeiros sapadores à espera, por exemplo, do estatuto que acautele aquelas que são as suas justas

reivindicações — e o Governo continua a atrasar esta matéria.

Precisamos de salários dignos para estes profissionais; precisamos, como é dito num dos projetos, não só

do reconhecimento do estatuto de profissão de risco e de desgaste rápido, mas também das compensações

adequadas, por serem pessoas que estão disponíveis todo o ano, todas as semanas, todos os dias, a todas as

horas.

Portanto, este debate não se pode fazer sem olharmos, efetivamente, para aquilo que está exposto,

nomeadamente por parte do PAN, nos vários projetos, que é o reconhecimento destas necessidades —

necessidades que existem há muitos anos —, para as quais os bombeiros têm vindo a alertar a Assembleia da

República há muitos anos, e o Governo tem, finalmente, de ouvir estas reivindicações.

Estamos, novamente, a entrar num período considerado complicado, como é óbvio, um período de verão,

em que os profissionais têm um acréscimo de trabalho, têm um risco muito grande e, portanto, precisam de ver

estas matérias acauteladas, de uma vez por todas.

Nesse sentido, acompanharemos os projetos aqui em discussão.

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